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Confira a entrevista com o ator Marcos Veras sobre o monólogo “Acorda para Cuspir”

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Conversamos com o ator e comediante Marcos Veras que está em cartaz com a comédia “Acorda pra Cuspir”, do dramaturgo americano Eric Bogosian. Em cartaz no Teatro Leblon na sala Fernanda Montenegro, sob direção de Daniel Herz, a peça fala de política, comunicações, religião, diferenças de classes, violência, sexualidade e outros temas já bastante explorados através de novos ângulos.

A peça tem um texto contemporâneo em tom de crítica sobre fama e dinheiro. Qual é a importância deles no trabalho do ator? Como isso interfere na sua vida?

Como tudo na vida em excesso pode ser nocivo, com fama e dinheiro não seria diferente. Quando decidi ser ator nunca pensei em fama. Pensei em ser feliz fazendo aquilo que gosto. E ser feliz fazendo o que gosta tem a ver com dinheiro, claro. Dinheiro é bom, é importante. Mas não é tudo. A carreira do artista de uma forma geral é instável. Essa fama que tanto se fala prefiro chamar de reconhecimento. É óbvio que quando está na TV as pessoas te reconhecem. A peça questiona os excessos. Através de um personagem insano que faz qualquer coisa por fama e dinheiro o texto mostra como nós podemos ser egoístas, ambiciosos. Mas é claro que o humor é usado pra mostrar essa loucura.

“Acorda pra Cuspir” tem um texto mais complexo e cheio de nuances em comparação a outros personagens de sua carreira, é um trabalho que exige mais do ator ou não tem diferença?

Por ser um monólogo me exige bastante sim. Além de ser um personagem mais complexo, cheio de conflitos. Tem muito texto e muito corpo. Eu brigo, eu caio, eu puxo cadeira, rolo no chão, então tem um desgaste físico também. Mas cada trabalho tem um grau de dificuldade e esse passei por 3 meses de ensaio pra se chegar no que eu e Daniel Herz queríamos.

Você é conhecido por personagens engraçados. Você tem algum ritual para desconstruir de seus personagens?

Não tenho nada específico. Penso em cada personagem de maneira diferente. Como ele anda, como ele respira, de que jeito olha. Mas quando termina o trabalho eu me livro dele sem problemas. Esse novo trabalho no teatro é algo diferente do que venho fazendo ultimamente, foge do que as pessoas estão esperando. E a surpresa vem sendo positiva.

Ao contrário do stand-up, a peça segue a estrutura de um monólogo, você teve alguma dificuldade em cena?

Contar uma historia de uma hora de duração sozinho no palco é difícil, é um desafio. Seja num monólogo ou num stand-up. Mas é claro que no monologo os conflitos são outros o que pode tornar mais difícil porque me exige outras coisas. Mas o stand-up ali em pé fazendo as pessoas rirem também não é tarefa fácil. Frio na barriga sempre.

Para encerrar, pretende atuar em papéis mais dramáticos?

Pretendo sempre me desafiar. Sair da zona de conforto. Se é um personagem que me instiga eu quero. A comédia é tão rica, tão versátil que dá pra fazer de tudo. Gosto do drama e venho tendo oportunidades de mostrar esse meu lado também. Acorda Pra Cuspir por exemplo é uma comédia dramática.

Serviço:
Teatro Acorda para Cuspir
Dias e horários: sextas, sábados às 21h e domingos as 20h
Local: Teatro Leblon – sala Fernanda Montenegro (Rua Conde Bernadotte, 26 Leblon)
Duração: 90 minutos
Classificação Etária: 14 anos

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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