Novos lançamentos de catalogo da Universal Music

A Universal Music vem ampliando cada vez mais o mercado digital, relançando semanalmente várias pérolas de seu acervo. Depois de trazer de volta álbuns de João Bosco e Edu Lobo e CDs marcantes de Wando e Sandy & Júnior, entre muitos outros, nesta sexta-feira (28) estarão disponíveis dez títulos imperdíveis da discografia da saudosa Nara Leão.

Além deles, também serão relançados trabalhos de Cesar Camargo Mariano, Claudette Soares e Camisa de Vênus. E esse baú não tem fundo. Toda semana serão relançados no formato digital, para alegrar os fãs da boa música popular brasileira.

NARA LEÃO E ROBERTO MENESCAL – UM CANTINHO, UM VIOLÃO
Amigos da vida inteira, Nara Leão e Roberto Menescal se completavam musicalmente. E quando levavam essa parceria para o estúdio, o sucesso era garantido. Em 1985, ao lançarem o álbum “Um Cantinho, Um Violão”, eles surpreenderam o público ao transpor para o universo da bossa nova músicas como o bolero “Sabor a Mi”, de Álvaro Carrillo, e o samba-canção “Da Cor do Pecado”, de Bororó. O repertório, nada óbvio, reunia outras pérolas, como “Vestígios”, dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle, “Inclinações Musicais”, de Geraldo Azevedo e Renato Rocha, e “Transparências”, do próprio Menescal em parceria com o poeta Abel Silva.

NARA LEÃO – MEUS SONHOS DOURADOS
Uma foto da época de adolescência, flagrando uma sorridente Nara Leão sentada na areia da praia, ilustrava a capa do álbum “Meus Sonhos Dourados”. Lançado pela cantora em 1987, o disco trazia versões de Ronaldo Bôscoli, Paulo Sérgio Valle e Fátima Guedes para clássicos americanos, como “Misty” (que virou “Milagre”), “Tea for Two” (“Bobagens de Amor”) e “The Boy Next Door” (“Jamais”). A própria Nara mostrou seu talento como letrista, transformando “Moonlight Serenade” em “Um Sonho de Verão” e “Embraceable You” em “Me Abraça”, entre outras.

NARA LEÃO – RARIDADES II
Ao longo da carreira, a saudosa Nara Leão gravou muitas músicas em projetos especiais. Em 2002, parte desse material foi reunida no álbum “Raridades II”, com registros feitos entre 1973 e 1988. Entre os destaques, está a sua delicada versão para “Folhetim”, música de Chico Buarque que ficou conhecida na voz de Gal Costa. Nara foi a primeira a gravar a canção, para a trilha da peça “Ópera do Malandro”. As pouco conhecidas “Grandola, Vila Morena” e “Maio, Maduro Maio”, do cantor e compositor português José Afonso, também foram pinçadas. O disco reúne ainda outras faixas raras, como “O Dragão Mágico”, de Renato Teixeira, e um medley curioso, que junta “Fez Bobagem” (de Assis Valente), “Águas de Março” (Tom Jobim) e o “Samba da Preguiça” (de Roberto Carlos e Erasmo Carlos).

NARA LEÃO – DEBAIXO DOS CARACOIS DOS SEUS CABELOS
Eterna musa da Bossa Nova, Nara Leão surpreendeu os fãs ao dedicar um álbum inteiro às canções de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, os ícones da Jovem Guarda. Com seu bom gosto habitual, a cantora deu novo fôlego a hits absolutos como “As Curvas da Estrada de Santos”, “Como é Grande o Meu Amor Por Você”, “Olha” e “Se Você Pensa”. Músicas menos conhecidas, como “Dia de Chuva”, “A Cigana” e “O Divã”, também ganharam belas releituras. Sem esquecer da faixa que batizou o disco, “Debaixo dos Caracois dos Seus Cabelos”, feita por Roberto depois de visitar Caetano Veloso durante seu exílio em Londres.

NARA LEÃO – ABRAÇOS E BEIJINHOS E CARINHOS SEM TER FIM
Em 1984, ao completar 20 anos de carreira fonográfica, Nara Leão revisitou clássicos do movimento que ajudou a formatar, a Bossa Nova. No álbum “Abraços e Beijinhos e Carinhos Sem Ter Fim”, produzido por Roberto Menescal, a cantora passeava por músicas de Tom Jobim (“Outra Vez”, “Este Seu Olhar”, “Wave” e “Por Causa de Você”, esta última com Dolores Duran), João Donato e Lysias Ênio (“Até Quem Sabe” e Lá Vem Você”) e Carlos Lyra e Vinícius de Moraes (“Sabe Você” e “Você e Eu”). A divertida “Telefone”, feita por Menescal em parceria com Ronaldo Bôscoli, conta com a participação do grupo Céu da Boca.

NARA LEÃO – MEU SAMBA ENCABULADO
Como o próprio título indica, o álbum “Meu Samba Encabulado” – lançado por Nara Leão em 1983 – tinha o samba como fio condutor. Com um cuidadoso trabalho de pesquisa, a cantora mesclava músicas de Paulinho da Viola (“14 Anos”), Nélson Sargento (“Fundo Azul”), Dona Yvonne Lara (“Há Música no Ar”, com o parceiro habitual Délcio Carvalho) e Luiz Carlos da Vila (“Relembrando”). Nomes menos associados ao gênero, como Teca Calazans e Radamés Gnattali, também figuraram no repertório com as músicas “Firuliu” e “Pé-de-Moleque”, respectivamente.

NARA LEÃO – NASCI PARA BAILAR
Em 1982, uma Nara Leão mais pop invadia as lojas com o álbum “Nasci Para Bailar”. A deliciosa música-título, de Paulo André e João Donato, abria os trabalhos, reafirmando o bom gosto da cantora na hora de escolher repertório. Donato também assinava “Janelas Abertas”, feita em parceria com Martinho da Vila, outro acerto do disco. Já Chico Buarque fez versões para duas músicas do cubano Silvio Rodriguez: “Supõe” (“Supon” no original) e “Imagina Só” (“Imaginate”). As belas “Luz do Sol”, que Caetano Veloso compôs para o filme “Índia – A Filha do Sol”, e “Questão de Tempo, de Kledir Ramil, também se destacaram no álbum, produzido pela própria Nara em parceria com Antônio Adolfo.
Não deixe de ouvir: “Nasci Para Bailar”

NARA LEÃO – NARA CANTA EM CASTELLANO
As músicas de Roberto Carlos ganharam o mercado latino ainda nos anos 1960. Um ano depois de dedicar um álbum inteiro a canções do Rei em parceria com o amigo de fé Erasmo Carlos, Nara Leão gravou versões em castellano desse mesmo repertório. Em “Nara Canta em Castellano”, músicas como “A Cigana” e “Se Você Pensa” viraram, respectivamente, “La Gitana” e “Si Tu Piensas”.

NARA LEÃO – ROMANCE POPULAR
Ao longo da carreira, Nara Leão sempre gostou de surpreender o público. Em 1981, ao lançar o álbum “Romance Popular”, ela virou porta-voz das inspiradas composições de Fausto Nilo, cearense que até hoje divide seu tempo entre a música e a arquitetura. Além das parcerias com Roberto de Carvalho (o hit “Amor nas Estrelas”), Moraes Moreira (“Bloco do Prazer”) e Fernando Falcão (“Marinheira”), Fausto assinava a produção do disco, ao lado de Raimundo Fagner. Os dois, inclusive, eram autores de “Laranja da China” e “Cli-Cle-Clô” – essa última com o acréscimo da própria Nara no time de compositores. Mas o disco também abria espaço para outros nomes, como o baiano Capinam, autor de “Moça Bonita” (com Geraldo Azevedo) e “Seja o Meu Céu” (com Robertinho do Recife).

NARA LEÃO – COM AÇÚCAR, COM AFETO
Chico Buarque sempre foi um nome presente na carreira e na vida de Nara Leão. Tanto que o primeiro grande sucesso do compositor, “A Banda”, foi defendido por ela no II Festival de Música Popular Brasileira, em 1966, promovido pela TV Record. Em 1980, a cantora dedicou um álbum inteiro ao velho amigo, apropriadamente intitulado “Com Açúcar, Com Afeto” (apesar da música homônima não fazer parte do disco). Na cuidadosa seleção de Nara, entraram clássicos como “A Rita”, “Ela Desatinou”, “Baioque”, “Samba e Amor” e “Olhos nos Olhos”. O próprio Chico participa das faixas “Dueto”, “Vence Na Vida Quem Diz Sim” e “Mambembe”.

CAMISA DE VÊNUS – QUEM É VOCÊ?
Muitas das bandas que formataram o rock nacional, nos anos 1980, saíram de Brasília , a exemplo da Legião Urbana e do Capital Inicial. Mas a Bahia também deu sua contribuição ao movimento. Liderada por Marcelo Nova, a Camisa de Vênus agitou a cena com seu rock visceral. De volta em versão digital, o álbum “Quem é Você?” foi lançado originalmente em 1996, trazendo várias músicas assinadas pelo próprio Marcelo, como “O Ponteiro Tá Subindo” e “O Mal Que Habita em Mim”. Uma das curiosidades era a regravação de “Radinho de Pilha”, clássico do paraibano Genival Lacerda. A participação de Eric Burdon, vocalista da icônica banda britânica The Animals, também foi destaque. Junto com o Camisa de Vênus, ele recriava “Don´t Let Me Be Misunderstood”, sucesso de seu grupo nos anos 1960. Um luxo.

CESAR CAMARGO MARIANO – NATURAL
Cesar Camargo Mariano sempre foi uma referência em matéria de bom gosto musical. E os álbuns lançados pelo maestro realçavam ainda mais essa característica. Lançado em 1993, “Natural” é um ótimo exemplo. Com muita sensibilidade, Cesar misturava temas próprios, como “Choro For Clare”, “Pamela” e “Curitiba”, com clássicos da MPB, a exemplo de “Trocando em Miúdos” (de Chico Buarque e Francis Hime) e “A Felicidade” (de Tom Jobim e Vinícius de Moraes).

CESAR CAMARGO MARIANO – SOLO BRASILEIRO
O mesmo bom gosto mostrado em “Natural” se manteve no álbum “Solo Brasileiro”, lançado por Cesar Camargo Mariano em 1994. A música “Pesqueiro do São José”, composta pelo próprio maestro, abria o disco. Outras faixas autorais, como “Castle Oaks”, “Cristal” e “Samambaia”, se uniam a standards nacionais, entre eles “Da Cor do Pecado”, de Bororó, e “Milagre dos Peixes (Suíte)”, de Milton Nascimento. Cesar recriava ainda “Por Toda a Minha Vida”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, uma das tantas canções imortalizadas por sua ex-mulher, ninguém menos que Elis Regina.
Não deixe de ouvir: “Da Cor do Pecado”

CLAUDETTE SOARES – A BOSSA SEXY DE CLAUDETTE SOARES
Sem dúvida, Claudette Soares tem uma das carreiras mais privilegiadas da nossa música. Ela começou nos tempos da Rádio Nacional, depois ganhou de Luiz Gonzaga o apelido de “Princesinha do Baião”, testemunhou o surgimento da Bossa Nova, lançou clássicos de Roberto Carlos… Em resumo, sempre esteve atenta ao que acontecia musicalmente ao seu redor. No álbum “A Bossa Sexy de Claudette Soares”, que faz um belo apanhado de sua carreira, é possível conferir algumas dessas facetas. A deliciosa voz de Claudette pode ser ouvida tanto em “Baião”, de Gonzagão e Humberto Teixeira, como em “De Tanto Amor”, do rei Roberto. Músicas de Jorge Ben (“Que Maravilha” e “Carolina, Carol, Bela”, ambas em parceria com Toquinho), Caetano Veloso (“Superbacana”) e Taiguara (“Hoje”) são outros destaques do repertório.