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Monólogo “Frida Kahlo, a deusa tehuana” estreia no Parque das Ruínas

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Alguns artistas ultrapassaram a popularidade adquirida com seu trabalho e tornaram-se sua melhor arte. Frida Kahlo pintou sua própria face um sem número de vezes no corpo de uma obra intensamente auto-referenciada. Teatralizou a sua própria existência, foi a expressão maior de luta e superação mesmo trazendo consigo as maiores dores – físicas e existenciais. No lugar do luto, vestiu-se de cores.

Com direção de Luiz Antonio Rocha e atuação de Rose Germano, o monólogo “Frida Kahlo, a deusa tehuana” é livremente inspirado no diário e na obra da pintora mexicana, fragmentos da vida e do pensamento de uma mulher à frente do seu tempo. Nesta encenação, diretor e atriz desconstruíram o mito, construindo uma Frida humana, bem diferente da figura pop na qual foi transformada pela grande mídia no mundo inteiro.

A montagem do espetáculo foi longa e incluiu uma viagem de Rose e Luiz Antônio ao México, visitando a cidade do México, Oaxaca, Teothihuacan, na qual encontraram a Frida que queriam montar. A pintora que transformou a dor em arte estava despida para dar vida à deusa tehuana.

“Tudo o que é óbvio sobre Frida, eu excluí da dramaturgia. Queria justamente algo que não estivesse nos registros oficiais da história, que mergulhasse no sentimento mais profundo de uma mulher que queria ser mãe e não conseguiu, que era frágil e, ao mesmo tempo, forte e determinada. Colocamos o inédito, o que as pessoas sequer imaginam, como a sua relação com os médicos e a descoberta da colecionadora de arte Dolores Olmedo”, adianta Luiz Antonio Rocha.

A peça abre com o prólogo de Dolores Olmedo Patiño, marchand que possui a maior coleção de Frida Kahlo e Diego Rivera no mundo. Responsável por preservar e difundir o acervo do casal. Dolores e Frida nunca foram amigas; duas mulheres apaixonadas pelo mesmo homem, uma colecionadora de arte, a outra a expressão da própria arte.

Ao falar sobre o que a inspirou a viver Frida Kahlo no teatro, Rose comenta que “há uma similaridade entre as culturas mexicana e brasileira, especificamente a nordestina, em que estão as minhas raízes. Sou de Riacho do Meio, uma cidadezinha do interior da Paraíba. Foi aí que me inspirei, nesse povo guerreiro, nas histórias de mulheres cheias de vida e coragem.” E sobre porque reviver Frida hoje, Rose diz que “a importância de reviver essa história está na autenticidade da mulher à frente do nosso tempo. Frida é a desmedida das coisas, está fora dos padrões estabelecidos. Viver Frida é encarar a vida e a morte com a mesma grandeza.”

Em cena, Rose Germano é acompanhada pelo músico Eduardo Torres, que toca violão e realejo.

Serviço
“Frida Kahlo, a deusa tehuana”
Local: Centro Cultural Parque das Ruínas (Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa)
Temporada: 6 a 28 de Maio. Sábado às 19:30h e Domingo às 19h
Ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)
Gênero: Drama
Duração: 60 minutos
Classificação: 16 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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