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Novo longa de Ridley Scott, “Alien Covenant” não produz fôlego à franquia

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Trabalhar com a reimaginação de franquias icônicas do cinema sempre é complicado, mesmo quando o diretor responsável por esse novo capitulo é o mesmo que popularizou determinada saga a alguns anos atrás. O caso mais simbólico é o de George Lucas, cuja a revisita ao universo Star Wars com a trilogia prólogo causou polemica entre critica e fãs por ir contra tudo o que foi apresentado.

Em “Alien Covenant”, Ridley Scott dá continuidade aos acontecimentos do filme “Prometheus” ao introduzir uma nova tripulação, cuja a nave da nome ao titulo, em uma missão de colonizar um planeta com estrutura habitável para a vida humana, entretanto, sua rota será desviada para um misterioso planeta cuja a ligação com os criadores da raça humana se mostra cada vez mais perigosa.

Muita coisa no filme simplesmente não funciona, seja pela inaptidão da maior parte do elenco ou do roteiro fraco. Começando pela tripulação da Covenant, cujo os membros deveriam encontrar o próximo lar da humanidade acabam por ficar tomando decisões estúpidas e perigosas.

Por exemplo, no inicio eles possuem uma rota tracejada para determinado mundo propicio, quando durante o trajeto eles simplesmente mudam a direção para um planeta desconhecido sem pensarem nas consequências. Ou quando a responsável médica tranca uma das tripulantes para evitar uma infecção mas seu rosto esta coberto de sangue infectado.

Ridley também falha em construir situações de grande tensão por apostar muito alto no uso de CGI no que concerne a construção do Alien. Se em 1979 o uso de mecatrônica, tecnologia robótica, permitiu criar do famoso monstro de uma maneira crível e assustadora, com o CGI tudo vai por água abaixo ao revelar um ser que lembra muito mais um personagem de vídeo game e cujo os movimentos soam mais falsos que o robô usado nos anos setenta.

O elenco pouco inspirado subtrai ainda mais o já combalido filme. A atriz Katherine Waterston mostra que não tem fôlego para criar uma nova referencia feminina naquele universo, sua protagonista carece de originalidade uma vez que ela lembra muito a personagem principal de “ Prometheus”. A ânsia do diretor em criar uma nova Ripley também prejudica a atriz ao não deixa-la dar sua própria interpretação do personagem.

Entretanto, Michael Fassbender, reprisando o papel de um ciborgue, traz um pouco de inspiração para a historia ao interpretar dois personagens de aparência física idêntica mas com personalidades distintas, o ator consegue passar a identidade individual de cada um com perfeição mas sem perder tom robótico necessário. Com relação ao arco de um dos ciborgues, Ridley Scott opta por guia-lo de uma maneira similar ao usado com Hannibal Lecter em “ Hannibal ( 2001), mostrando-o como distante de qualquer traço de afeição, amante de musica erudita e arte, além perigosamente imprevisível.

Por fim, “Alien Covenant” se revela como um sinal de que a franquia tem que mudar a abordagem do seu universo. O elemento terror não se garante, apenas com o CGI ao escolher ambientes escuros para esconder as imperfeições.

A abordagem das tripulações também precisa ser revista, se no filme original e na sua sequencia cada membro tinha uma característica importante para o andamento da historia e carisma por parte dos atores, aqui nenhum deles tem os já citados elementos e suas mortes pouco servem para a trama a não ser para aumentar o numero de mortos. Mesmo com uma grande atuação de Fassbender e uma fotografia interessante os erros da produção como um todo e o controle absoluto de Ridley Scott acabam por tornar o filme uma decepção tanto para o fã dessa mitologia como para o espectador comum, que talvez não venha a se animar com os diálogos vazios, falta de impacto ou com um Alien tão diluído em CGI que a intimidação do mesmo foi para outro planeta.

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