“Baywatch” reúne Dwayne Johnson e Zac Efron em produção previsível

Versão para o cinema da série que fez sucesso no Brasil nos anos 90, “Baywatch” reúne um ótimo elenco quando se trata de zoação.  A principal marca da série eram as incríveis salva-vidas (Pamela Anderson, Erika Eleniak e Carmen Electra) correndo em câmera lenta, em trajes de banho vermelhos e justos. Não é diferente na versão homônima para o cinema.

Dwayne “The Rock” Johnson vive o salva-vidas Mitch Buchannon e Zac Efron interpreta o insubordinado recruta Matt Brody, um ex-nadador olímpico arrogante, que precisará engolir não só o orgulho, mas muita zoação. Famoso por conquistar duas medalhas de ouro, Brody enfrenta um momento difícil na carreira de atleta, após ter tomado um porre na véspera de uma importante competição. Sua postura de pop star acaba virando chacota na mão de Mitch com apelidos cheio de referencias musicais como “New Kids on the Block”, “Nsync” e “One Direction”. Na trama, mesmo com as desavenças, os dois vão se unir para desmascarar uma conspiração que ameaça o futuro da praia onde trabalham e restabelecer a paz no local.

Seguindo a linha da sátira do começo ao fim, “Baywatch” foge completamente da proposta da série e do desenho de seus personagens.  Com ótimas sacadas cômicas, o filme segue a mesma linha de Anjos da Lei com Channing Tatum e e Jonah Hill, inclusive nos enquadramentos e efeitos especiais, porém as piadas em determinados momentos começam a se repetir, perdendo o sentido da graça.

Enquanto em Anjos da Lei química não falta entre os protagonistas, em Baywatch é justamente ao contrario. Dwayne Johnson e Zac Efron simplesmente não funcionam em cena.

A direção desenfreada de Seth Gordon (“Quero Matar Meu Chefe”) não dá ritmo ao filme que tem um roteiro fraco, previsível e cheia de clichês. Os pontos altos da produção são o bom timing cômico e a trilha sonora que foi escolhida a dedo.