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GILBERTO GAWRONSKI “OCUPA TUDO” NO TEATRO DULCINA

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“Eu penso que ocupar é uma forma de ainda manter uma produção cultural e artística nesse período de crise que estamos vivendo”, conta Gilberto Gawronski, que assina a dramaturgia e direção dos espetáculos: “Marido Ideal”, de Oscar Wilde e “Nada”, inspirado na obra de Anton Tchekhov, que estreiam, nos dias 6 e 8 de julho (respectivamente), em curta temporada no Teatro Dulcina. “Vejo as duas montagens não como uma forma de resistir, mas de reexistir ao contexto atual. O teatro e a arte são um acalanto para esses tempos tão conturbados”, completa o diretor. Marido Ideal, encenado por Fellipe Mesquita, Karin Roepke, Márcio Malvarez, Paula Jubé, Stela Freitas, Tiago Ribeiro, Ticiana Passos e Zé Wendell faz temporada de 6 a 28 de julho, às quartas, quintas e sextas às 19h. No elenco de “Nada”, que faz temporada de 8 a 30 de julho, aos sábados e domingos às 19h, estão Analu Prestes, Clarisse Derzié Luz e Renato Krueger.

“Marido Ideal” é uma das peças mais montadas em toda Europa, uma comédia de costumes inteligente e romântica que coloca em questão, através de diálogos com insinuações espirituosas, o que escondem os casamentos e a política. Já no espetáculo “Nada”, o foco desloca-se da “situação cômica” de alguém que dá uma conferência sobre um tema que não entende nada, para se centrar na tragicomédia da existência de um homem, através da obra de Tchekhov. “Temos um dos espetáculos falando sobre o processo do envelhecimento, o processo do fazer artístico, que é o Nada, e o outro satirizando um pouco esse momento atual que estamos vivendo, através do humor”, conta Gawronski.

Crédito: Cristina Amaral
Crédito: Cristina Amaral

“Marido Ideal” tem como assunto uma situação que envolve o jogo de aparências da sociedade. Um ministro de Gabinete, Robert, está prestes a ser denunciado devido a atos que comprometem seu passado. Ele construiu sua fortuna vendendo um segredo de Estado. Agora é chantageado pela fascinante Laura, uma mulher de duvidosa moral, por conta disso. Uma série de situações improváveis acontecem. “O objetivo é oferecer ao público, além da trama, um pouco da biografia de Wilde e de sua obra”, comenta Gilberto, que cita na adaptação trechos de “O Retrato de Dorian Gray”, “A Importância de Ser Perfeito”, “O Leque de Lady Windermere”, “Salomé”, etc. O grupo “Não Recomendados” é citado na adaptação através de uma de suas composições. “É uma música que fala justamente sobre a questão da liberdade e transgressão. O que não é recomendado a sociedade? A música tem grande relação com a história de Wilde” comenta Gilberto.

Crédito: Renato Krueger
Crédito: Renato Krueger

No espetáculo “Nada”, as atrizes interpretam personagens masculinos, e também femininos, em atmosferas revestida de sutilezas. “É uma colagem. Usei trechos de peças de Tchekhov que nós três -eu, Clarisse e Analu- participamos, mas tendo como base ‘O canto do cisne’ e ‘Malefícios do tabaco’. Analu estava na montagem de ‘As três irmãs’, direção de José Celso Martinez Correa, 1972. Clarisse fez ‘O jardim das cerejeiras’, direção de Paulo Mamede, 1989. Eu participei de ‘A Gaivota’, direção de Enrique Diaz, 2006. E coloquei ainda um pedacinho de ‘Rei Lear’, de Shakespeare, direção de Ron Daniels, com Raul Cortez, onde eu interpretava o Bobo, 2000”.

SERVIÇO:
MARIDO IDEAL
Local: Teatro Dulcina (Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro, Rio de Janeiro/RJ)
Temporada: De 06/07 a 28/07 – Quartas, Quintas e Sextas as 19h
Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia)
Classificação: 14 anos
Duração: 80 min

NADA
Local: Teatro Dulcina (Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro, Rio de Janeiro/RJ)
Temporada: De 08/07 a 30/07 – Sábados e Domingos às 19h
Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia)
Classificação: 14 anos
Duração: 60 min

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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