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Cartas da Guerra carrega os pesares dos dramas humanos ali envolvidos

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Em Carta de Guerra, Miguel Nunes, Margarida Vila-Nova, Ricardo Pereira estrelam um filme de poética melancólica, soturna e tão abissal quanto o fado mais triste.

O filme que parte do romance de António Lobo Antunes reúne cartas de um jovem soldado, médico e aspirante a escritor. Nelas a personagem central comunica a sua esposa os sofrimentos da guerra e do afastamento familiar.

Detalhes da pobreza africana, assim como traços culturais e sociais daquela população depauperada, são explorados. A resiliência de um povo, a sua resistência que mistura-se a um tipo de convívio com o próprio opressor. A Angola que se pinta, em tons de preto e branco, é uma terra de desterro e de isolamento.

Entre os anos de 1971 e 1973, a Guerra Colonial Portuguesa foi o confronto de Portugal com antigas províncias ultramarinas, que tornaram-se, por esta via, independentes.

O longa serve de documento idôneo a retratar um episódio lamentável da história, e carrega consigo todos os pesares dos dramas humanos ali envolvidos. O cotidiano daqueles seres é sobreposto à leitura das cartas, que são, em sua maioria, prantos.

Felipe Mury
Felipe Mury
Felipe Mury é ator formado pela Casa de Artes de Laranjeiras e bacharel em Direito pela UFRJ. Amante das Artes Cênicas, especializou seu olhar em relação ao Teatro, sendo uma ficcionado por Shakespeare e Brecht.

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