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Gabinete de Leitura Guilherme Araújo comemora 50 anos da Tropicália

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Nos dias 19 e 20 de julho (quarta e quinta-feira), a partir das 19h30, acontece a sexta etapa do ciclo de encontros “Somos Tropicália – 50 anos do movimento”, no Gabinete de Leitura Guilherme Araújo, em homenagem aos 50 anos da Tropicália: as surpreendentes e eletrificadas apresentações de Caetano Veloso e Gilberto Gil no Festival da TV Record em 1967 são consideradas o marco inicial do movimento na música, que se consolidou com a gravação de “Tropicália Ou Panis Et Circenses”, álbum-manifesto lançado no ano seguinte.

Para esta edição de julho, o projeto tem como participantes a cantora, compositora e instrumentista Aline Lessa, os cantores, compositores e instrumentistas Pedro Mann e Grillo e a poeta, performer e atriz Betina Kopp. Para esta celebração poético-musical inédita, os artistas foram convidados a montar um roteiro no qual interpretarão alguns clássicos da Tropicália, sem deixar, é claro, de incluir obras autorais que se inspiram ou conversem com as influências do movimento. Junto às canções, poemas e performances onde percebemos o legado constituído pelo Tropicalismo.

Aline Lessa, cantora, compositora e instrumentista carioca, lança pela gravadora Biscoito Fino e pelo selo Garimpo, ainda em 2017, o seu segundo álbum autoral, que contou com a produção de Domenico Lancellotti. Com uma pegada que transita entre o rock, o pop e o experimental, o disco foi construído, conceitualmente, com o auxílio de artistas de outros segmentos – do teatro e das artes visuais – e contou com músicos como Bem Gil, Elisio Freitas, Lourenço Vasconcellos, Alberto Continentino, Pablo Arruda, entre outros. Integrou por seis anos, e foi responsável por boa parte das composições, a banda de rock alternativo “Tipo Uisque”, onde também tocava teclado e fazia backings. A partir de 2014, deu um tempo nas composições em inglês e se enveredou pela carreira solo, entregando-se às influências caseiras e serestas que ouvia com o seu pai. Em 2015, nasceu seu primeiro álbum solo, que leva o seu nome, e em português.
Bem recebido por crítica e público, o trabalho figurou em algumas listas de melhores do ano e recebeu atenção de veículos especializados. Também produziu o projeto “Fio”, ao lado de Elisio Freitas, onde reinterpretava canções de Chico Buarque e Vinicius de Moraes. Os videos do projeto, lançados com exclusividade pela página “Brasileiríssimos”, alcançaram milhões de visualizações.

Cantor, compositor e instrumentista, o carioca Pedro Mann vem traçando um caminho único e plural no cenário da música brasileira. Pedro é baixista há alguns anos, tendo já acompanhado e dividido o palco com Gilberto Gil, Roberta Sá, Geraldo Azevedo, Forróçacana e Pedro Luís. É fundador do “Bondesom”, grupo que vem inspirando o cenário da música instrumental carioca há mais de uma década. Com a banda tem três discos lançados: “Bondesom” (2007), “Procurando Lola” (2011) e “Três” (2014). O lado autor ganhou força e Mann começou a ser gravado por cantores como Matheus VK, Thaís Gulin, Angelo Paes Leme e Antonia Adnet. Em 2013 lançou o seu primeiro disco solo, “O Mundo Mora Logo Ali”, apresentando canções autorais e autobiográficas. No segundo semestre de 2016, Pedro Mann iniciou a turnê de seu segundo disco, “Cidade Copacabana”, produzido por Lucas Santtana e Duani. O disco representa uma expansão da consciência musical do compositor, trazendo uma sonoridade mais urbana e eletrônica. “Fiquei muito feliz com o convite para participar desse resgate estético musical. Sinto que a Tropicália influencia muito a minha arte porque é um jeito de ver o mundo com ousadia, integrando as nossas polaridades num caldeirão alquímico e transformando a mistura em algo genuíno. Acho que o resgate do espírito tropicalista é de extrema importância nos dias de hoje, onde a intolerância está dando as caras”, dispara.

Depois de seu primeiro CD e DVD “História de Samba”, o cantor e compositor carioca Grillo assume agora o rótulo de “MPB pra dançar” e lança este ano seu novo EP autoral “O Baile Chegou”. Neste trabalho, as suas referências de samba e bossa nova se misturam a ritmos como soul, charme e rap. Sopros e beatboxes se entrelaçam às percussões de mestre Marçal sob a produção musical do DJ Meme. As canções falam sobre gratidão, festas e amores perdidos. Exaltam o empoderamento feminino e celebram a diversidade e o amor. “Na minha visão o movimento da Tropicália representou um marco na história da música brasileira. A introdução de guitarras, a ousadia das letras super antenadas com a política da época e as cores nas roupas, cenários e artes de capa, revelavam o nascimento de uma atitude comportamental de liberdade cultural da qual os jovens podiam finalmente se apropriar sem perder o seu sotaque tupiniquim”, avalia o artista.

Betina Kopp é poeta, performer, apresentadora e atriz formada pela CAL. Artista múltipla, criou as performances “Corpinturadas”, “PQP – Poesia Que Para”, “Poesia Para Degustar” e “Poiesis”, apresentando-se nos mais variados lugares, como em festivais de arte e cultura na Bahia e em Pernambuco, no Complexo do Alemão (Rio de Janeiro) e na PUC de diversos estados (RJ, PR, RS). No teatro, participou de trabalhos onde se destacam “Diálogos com Lorca”, dirigida por Lu Grimaldi, “Contos de amor e morte”, dirigida por José Luiz Junior, e “Vão Paraíso” e “Escola de Molières”, ambas dirigidas por Amir Haddad. Integrante da Companhia Bando, atua no espetáculo de dança-teatro “Revoada”. Fez participações em variadas produções de televisão (programas, séries e novelas). Integrante do grupo “Voluntários da Pátria”, coletivo que promove o projeto dinâmico que mistura música e poesia para jovens e que circulou por 11 estados do país, Betina Kopp gravou os áudio-livros “Baú do Raul”, “A cabeça de Medusa” e “Morangos Mofados”, além de ter publicado seu livro de poesia “Beco” (Rubra Editora). “O Tropicalismo permanece vivo, ecoa inspirações e alimenta criações. Participar desta homenagem é uma honra. Rever nossa história é necessário, vibrar as influências e fazer reverberar a resistência que é ser artista em qualquer época”, afirma a artista.

Fan Page: www.facebook.com/somostropicalia/

Serviço
SOMOS TROPICÁLIA – 50 anos do movimento
Julho: com Aline Lessa, Pedro Mann, Grillo e Betina Kopp / Pocket-show e leitura de poesias
Data e hora: 19/07 (4ª-feira) e 20/07 (5ª-feira)
A partir das 19h30
Local: Gabinete de Leitura Guilherme Araújo (Rua Redentor, 157 Ipanema)
Entrada: R$ 1,00
Lotação: 60 lugares
Classificação: livre

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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