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Monólogo entrecorta uma verdadeira aula de história sobre Yitzak Rabin

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Neste mês de julho de 2017, acontece mais um Festival Midrash de Teatro, e com ele o chegam encenações especiais, como é o caso de “Meu Saba”, vivido pela atriz Clarissa Kahane e dirigido por Daniel Herz.

O monólogo traz o drama pessoal da neta de Yitzak Rabin, Noa Ben-Artzi Pelossof, que escreveu o texto a fim de expressar a dor da perda de alguém tão querido e tão importante em sua vida. Esse texto tem grande valor afetivo para Clarissa, que teve seu primeiro contato com o livro de Noa aos 17 anos – fora presente da avó da atriz.

Trata-se de um texto simples, mas poderoso. As lembranças da neta de Rabin são entrecortadas e misturam verdadeira aula de história com a preparação da jovem para discursar na frente de um grande público de líderes e de populares catatônicos pela perda de um primeiro-ministro tão importante para a Israel.

Ao longo das inseguranças e ensaios da personagem, percebe-se uma menina que tem seu primeiro grande impacto, sofrimento, na vida. É uma dor realmente intensa que a atriz logra sucesso em transparecer a sua plateia. Além disso, a montagem tem o êxito de enfatizar mais do que a imagem política de Rabin: a humana e familiar.

Há espaço para repudiar o terrorismo de toda sorte. A busca pela paz como objetivo maior e os acordos de paz de Oslo entre Yasser Arafat e Yitzak Rabin (e Shimon Peres), que culminaram com o aperto de mão entre ambos – mediado por Bill Clinton – são exaltados e toda a questão do conflito regional em que o saba Rabin esteve envolvido é trazida à tona, como pano de fundo.

Felipe Mury
Felipe Mury
Felipe Mury é ator formado pela Casa de Artes de Laranjeiras e bacharel em Direito pela UFRJ. Amante das Artes Cênicas, especializou seu olhar em relação ao Teatro, sendo uma ficcionado por Shakespeare e Brecht.

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