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“Onde está Segunda?” conta com ritmo intenso e vertiginoso e ótimas atuações

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Por Rafaelo Salles:

No ano de 2073, a Terra chegou a um ponto em que a superpopulação precisa ser controlada com medidas severas. Visando garantir melhores condições de vida à humanidade como um todo, entra em vigor uma lei que autoriza que as famílias tenham apenas um filho. Quaisquer irmãos além do primeiro filho são recolhidos pelo governo e mantidos em câmaras criogênicas, com a promessa de que seriam acordados quando o planeta restabelecesse um equilíbrio novamente. Esse é o cenário futurista distópico apresentado em Onde Está Segunda, no qual um avô devoto (Willem Dafoe) tenta manter à salvo das garras das autoridades suas netas, gêmeas sêptuplas idênticas, batizadas com os dias da semana e interpretadas pela atriz sueca Noomi Rapace.

As irmãs, apesar de serem representadas como bem diferentes entre si, devem dividir uma única identidade e somente podem sair de casa no dia correspondente ao seu nome. No entanto, quando Segunda não retorna do trabalho, as irmãs começam a suspeitar de que seu disfarce tenha sido descoberto. À essa altura, você até pensa no quão interessante seria ver explorada mais a funda a dinâmica entre as irmãs face ao desafio de sua reclusão forçada. Ok, isso seria definitivamente interessante, mas a partir do segundo ato,Onde Está Segunda, começa a tomar contornos de um thriller de ação muito bem ritmado.

Além da atuação impressionante de Rapace na pele das sete irmãs, o filme conta com um elenco de apoio estrelado. Willem Dafoe mostra o carisma costumeiro como um avô dedicado, porém implacável quando se mostra disposto a manter suas netas em segurança a qualquer custo. O papel da vilã Nicolette Cayman – principal responsável pela lei do filho único – fica a cargo de ninguém menos que Glenn Close. Infelizmente, o ritmo de “Onde Está Segunda” peca por não dar o espaço suficiente para ela crescer como a grande antagonista, mas ela entrega o suficiente para que a história se desenvolva.

No que diz respeito a quesitos técnicos, o ritmo intenso e vertiginoso agrada pela brutalidade de algumas sequências de ação, mas talvez essa “correria” tenha impedido que o enredo corresse mais a fundo, trabalhando melhor seus conceitos e conflitos. A edição e efeitos especiais permitem que Noomi Rapace esteja em cena dando vida às sete personagens sem necessidade de jogadas de câmera ou ângulos forçados. A trilha sonora dá à produção dimensões de blockbuster: empolgante e grandiosa, crescendo e delineando cada momento que enche a tela.

Em linhas gerais, a Netflix continua na busca de um tom acertivo para suas investidas cinematográficas. Apesar de não ser excelente,Onde Está Segunda, é, sem dúvidas, um passo na direção certa de suas produções exclusivas. O filme talvez peque por não ser tão grandioso quanto poderia, mas a produção cuidadosa, o ritmo intenso, a atuação de Rapace e a história são suficientemente interessantes para mantes o espectador preso ao sofá durante duas horas.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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