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Adaptação do livro de Stephen King, “O Nevoeiro” tem produção da Netflix

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Por Rafaelo Salles

O mercado do entretenimento tem, definitivamente, um belo apreço pelo escritor Stephen King. Considerando apenas o ano de 2017, o famigerado mestre do terror teve duas de suas obras adaptadas para o cinema: “A Torre Negra” e “It – A Coisa”. E não é só nas telonas que o autor tem esse prestígio. Muitos de seus livros também já se tornaram séries de TV como “11.22.63”, “Under The Dome”, “Haven” e “The Dead Zone”. E a mais nova adição a esse time é a série “O Nevoeiro”, produzida pelo canal americano Spike e disponibilizada pela Netflix. Vale lembrar que o conto “O Nevoeiro” já havia sido adaptado aos cinemas em 2007.

A trama inicia quando o cotidiano da pequena cidade de Bridgeville é interrompido pela chegada de uma espessa névoa que, além de inutilizar tudo que depende de energia elétrica, parece esconder horrores inimagináveis. Sem comunicação, encarcerados e tomados pelo pavor do que se esconde do lado de fora de suas portas e janelas, as pessoas começam a buscar a única coisa que lhes sobrou: a sobrevivência. O Nevoeiro conta com ícones clássicos da galeria de personagens de Stephen King: o atleta do time da escola, o menino deslocado, a adolescente em perigo, o mocinho, entre outros. O terror caminha lentamente, enquanto o misterioso nevoeiro desce das montanhas e começa a percorrer as ruas da cidade, deixando desespero e morte em seu caminho. Ninguém sabe o que provocou o nevoeiro e a série faz questão de deixar o espaço aberto para que todas as teorias possíveis sejam nutridas, de manifestações sobrenaturais a projetos secretos das forças armadas.

Alguns críticos consideram que Stephen King estava em seu auge quando escreveu o conto no qual a série “O Nevoeiro” é baseada. Através da história de uma cidade imersa em uma névoa misteriosa, o mestre do terror põe na mesa algumas de suas cartas mais poderosas: o suspense da sugestão de algo que assombra lá fora, a repentina e aterrorizante revelação da ameaça e a exposição de como as personalidades se transfiguram quando submetidas a condições extremas. A série da Netflix parece beber nessas fontes, trabalhando em cima das reações de personagens aparentemente sãos diante do perigo iminente, como da natureza do perigo em si, fazendo o terror físico e o psicológico caminharem de mãos dadas.

E quando se fala em Stephen King, estamos tratando do terror em sua forma mais clássica. Portanto, não espere que a série ofereça uma abordagem diferenciada ou moderna para a trabalhar a linguagem desse estilo. “O Nevoeiro” conta sim com uma série de clichês, mas eles são bem utilizados, trazendo à tela uma repaginação do terror praticado em filmes clássicos dos anos 80.

O elenco, pouco estrelado, pode ser apontado como um dos pontos fracos da série. Como já citado, além da ameaça do que está oculto na névoa, tem-se como questão chave o impacto psicológico de uma situação extrema nos personagens. Seria interessante ver o efeito de cenas chocantes sendo representados de forma mais profunda. Ainda mais pelo fato de termos personagens pouco ambíguos e bem estereotipados.

O Nevoeiro pode não ser um primor, mas é inegável que cumpre o seu papel adaptando a obra de King e, o melhor, trazendo para tela o mistério e o terror sem pudores, elementos sempre tão marcantes nos livros do autor. A primeira temporada termina com bons ganchos e muitas dúvidas, o que só nos deixa ainda mais ansiosos pela próxima.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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