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FESTIVAL MULTIPLICIDADE 2025 ANO 20 NO OI FUTURO FLAMENGO

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A 13ª edição do Festival Multiplicidade no Oi Futuro Flamengo, deste ano começa a partir de 7 de outubro, apresentando o resultado de um projeto no Xingu com a participação de 10 indígenas Kuikuros, além de artistas da França, Itália, Holanda, Sri Lanka, Espanha, Canadá e Brasil.

Em 2017, o Festival Multiplicidade continua o seu exercício da antevisão no imaginário ano de 2025 e parte do conceito de que até lá é possível transformar o mundo com arte, inquietação, curiosidade, experimentação e poesia. Com curadoria de Batman Zavareze, o evento que une imagem e música através da tecnologia vai fazer BARULHO e esse rompante sonoro é a inspiração de toda a programação desta edição. O barulho que move, que incomoda e que paralisa vai estar entremeado às performances e atividades da 13ª edição do festival, que acontece no Oi Futuro Flamengo de 7 de outubro a 11 de novembro, encerrando com uma ocupação do Armazém da Utopia. O Festival Multiplicidade tem patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro.

“O barulho que soa como um grito ensurdecedor, seja ele poético, visual ou sonoro, é a fonte que nos instiga. Estamos num momento de poucas escutas, muito ruído, muitos contratempos e uma tremenda dificuldade de comunicar com clareza e ser compreendido. Por isso, em tempos de crise, fazer barulho é muito além de bater panela e berrar com quem discorda de você. É sair de nossa zona de conforto, é preencher nossos silenciosos vazios com novas ideias”, explica Batman Zavareze.

A edição de 2017 apresenta trabalhos inéditos e potentes. Sucesso na Europa, a dupla italiana Ninos Du Brasil apresenta pela primeira vez seu punk percussivo no país que é inspiração para o seu trabalho. Tem também o encontro entre a música de Paul Jebanasam (Siri Lanka) com a criação em videoarte de Tarik Barri (Holanda) na performance “Continuum AV”; o espetáculo mega tecnológico de ruídos e luzes “Field”, de Martin Messier (Canadá); o minimalismo digital de Alex Augier (França) em “_nybble_” e a Quasi-Orquestra, produzida pelo Festival Multiplicidade, que vai ocupar o Oi Futuro com um projeto inédito arregimentado pela violoncelista brasileira Gretel Paganini e outros 20 musicistas tocando em todos os andares do Oi Futuro.

A obra “O BARULHO E VISUAL/O BAGULHO E VISUAL”, da artista e poeta concretista Lenora de Barros; o cinema sensorial de Carlos Casas (Espanha); uma instalação do coletivo Manifestação Pacífica e obras de DMTR, Fabiano Mixo e Gabriela Mureb também são destaques na programação.

Um dos pontos altos do Multiplicidade acontecerá de 17 a 21 de outubro, quando 10 representantes da comunidade Kuikuro, no Xingu, chegam ao Rio de Janeiro para uma imersão artística e diversas apresentações no festival. Batman Zavareze participou de uma residência expedicionária na aldeia Ipatse em agosto, junto com artistas cariocas e ingleses. Os Kuikuros ficarão imersos no MULTI_LAB, laboratório de pesquisas que será instalado em um aquário de acrílico no térreo do Oi Futuro Flamengo abrigando artistas e a equipe do Multiplicidade. Eles apresentarão ritos espirituais e performances, participarão de debates e exibirão filmes produzidos na aldeia.

O Projeto Xingu – que inclui também a instalação “Xingu Ensemble”, de Clelio de Paula – é o resultado de uma parceria com o People’s Palace Projects, dirigido pelo britânico radicado no Brasil, Paul Heritage, com o centro de pesquisa britânico da Queen Mary University of London, com a Associação Indígena Kuikuro do Alto Xingu (AIKAX) e com o Núcleo de Estudos em Economia Criativa e da Cultura (NECCULT/UFRGS). O projeto tem como objetivo promover a cultura indígena, fomentar parcerias com a indústria criativa brasileira e do Reino Unido e desenvolver um modelo economicamente sustentável e ético para futuras residências na aldeia, que já desenvolve projetos audiovisuais.

O “Multiplicidade” levou à aldeia tecnologias modernas como o cinema 4K, scanner 3D, equipamentos de Realidade Virtual (VR), além de registros sonoros captados em vários pontos da floresta – dentro do rio, debaixo da terra ou no ar, com drones. O resultado dessa intensa troca de experiências será mostrado no Multiplicidade, com projetos de fotografia, vídeo, literatura, artes cênicas e tecnologias imersivas.

Confira a programação:
Na abertura, dia 7 de outubro, o Festival Multiplicidade apresenta a Quasi – Orquestra. O maestro Rafael Barros de Castro e vinte músicos de instituições como a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica da UFRJ e Orquestra Sinfônica Nacional se apresentarão de uma maneira diferente da tradicional.
Eles estarão espalhados em todos os andares do Oi Futuro Flamengo, criando uma peça musical que atravessa os vazios do espaço com uma função poética relativa ao contexto político brasileiro. No momento que a obra é executada através do prédio, ela se transforma em um desafio e questiona a relação entre público e orquestra, assim como as convenções e necessidades de reinvenção.

De 10 de outubro a 11 de novembro, o Multiplicidade vai ocupar o Oi Futuro Flamengo com o MULTI_LAB, um laboratório de ideias, com artistas, produtores, técnicos e convidados vivendo a experiência de ser o próprio objeto vivo da exposição. No térreo do prédio, será construído um aquário expositivo, numa performance em tempo real em que artistas e equipe do Multiplicidade estarão criando, produzindo e testando tecnologias. Às sextas-feiras, as paredes serão abertas ao público transformando o espaço em um estúdio de gravação com “lives” e convidados. O jornalista Carlos Albuquerque (Calbuque) vai conduzir as entrevistas, além de escrever resenhas, e compartilhar as pesquisas do festival.

Os residentes do MULTI_LAB são Fabiano Mixo, Clélio de Paula e DMTR vão ocupar o laboratório durante todo o festival. Fabiano é cineasta e explora novas tecnologias de realidade virtual com uma proposta autoral. Já Clélio é artista digital, e tem trabalhos com instalações interativas que proporcionam experiências sensoriais, e DMTR é designer gráfico e utiliza a programação de computadores como principal meio de expressão em suas instalações audiovisuais.

Na primeira semana, de 10 a 13 de outubro, o coletivo anônimo Manifestação Pacífica apresenta uma instalação audiovisual, no Teatro do Oi Futuro. O grupo nasceu do ativismo online para gerar uma reflexão, com interferências em vídeos, memes e pronunciamentos políticos. É um coletivo de artistas ocultos que não tem uma comunicação presencial com a equipe do festival em momento algum.

No final de semana, nos dias 14 e 15, o francês Alex Augier faz a performance audiovisual “_nybble_” no Teatro do Oi Futuro. Augier é músico e seu trabalho está voltado para a estética digital, em que design, programação e tecnologia são parte integrante do projeto artístico. Ele está rodando o mundo com essa performance, que utiliza um sintetizador, quatro telas transparentes e quatro pontos de difusão de som, e oferece ao público uma experiência para todos os sentidos.

Na semana seguinte, de 17 a 20, os Kuikuros vão fazer uma residência artística e cada dia um tema será abordado: forças da natureza, cinema, rituais e linguagens. No final de semana, dias 21 e 22, Clélio de Paula exibe o “Xingu Ensemble” no teatro. Ele participou da residência artística no Xingu e vai mostrar sua experiência e impressões com instalações interativas e filmes 360º.

Nos dias 28 e 29, o designer gráfico DMTR se apresenta com Fabiano Mixo no teatro. DMTR vai apresentar uma obra baseada em seu trabalho “Estilhaços”, com cacos de espelhos e projeções de led. Já Fabiano exibe obra baseada no filme cubista experimental “A mulher sem bandolim”, inspirado no quadro “A mulher com bandolim” de Pablo Picasso.

No último final de semana, nos dias 04 e 05 de novembro, a artista Gabriela Mureb faz uso de performances, vídeos, máquinas, sons e ruídos que evocam experiências limítrofes do corpo – humano e maquínico.

No último dia do festival, 11 de novembro, o Multplicidade vai ocupar a Zona Portuária em um grande evento.  O OCUPA PORTO é no Armazém da Utopia, Galpão 6 e Anexo 5, receberão uma sequência de artistas , de 23h às 4h.

A noite começa com o canadense Martin Messier. Depois de passar por festivais internacionais como o Sónar (Barcelona), o Mutek (Montreal) e o Intermediale (Berlim), ele se apresenta com a performance “FIELD”, uma composição de ruídos e luzes. Em seguida, Paul Jebanasam e Tarik Barri realizam uma experiência audiovisual, com a apresentação “Continuum AV”, derivada do álbum homônimo de Paul e cheio de melodias fragmentadas.

Pela primeira vez no Brasil, os italianos do Ninos du Brasil fazem um show de percurssão com um fundo de arte visual. A dupla mistura música de carnaval com punk e eletrônico. A brasileira Lenora de Barros também participa do Ocupa Porto com a instalação audiovisual “O Barulho é Visual / O Bagulho é Visual”. Para encerrar, o espanhol Carlos Casas mostra o projeto “Avalanche”, um filme que explora a relação entre paisagem, universo sonoro, música e novas formas artísticas de representação.

“Nos últimos seis anos, o Festival Multiplicidade vem continuamente abraçando a cidade, ocupando novos lugares emblemáticos da arte e da cultura carioca. Parque Lage, Planetário, Centro de Artes da Maré, Bela Maré, Centro de Artes Helio Oiticica, Parque do Flamengo, dentre muitos outros e agora um espaço simbólico, a Zona Portuária. O festival nasceu no Oi Futuro Flamengo, mas hoje ele é um festival de arte, tecnologia e linguagens híbridas da cidade”, afirma Batman.

SERVIÇO
Festival Multiplicidade
Temporada: De 07 de outubro a 11 de novembro de 2017
Local: Oi Futuro Flamengo – Rio de Janeiro (Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo)
De 11h às 20h, de terça a domingo
Valor: Gratuito
Classificação etária: Livre

Programação do Teatro
Valor: R$ 20,00 e R$ 10,00 a meia
Horário: sob consulta
Lotação do teatro: 63 pessoas
Classificação etária: Livre

Armazém da Utopia (Galpões 6/5)– Rio de Janeiro
11 de novembro de 2017
De 23h às 4h, sábado
Valor: Gratuito
Classificação etária: Livre

 

 

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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