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Terror, “A Morte te dá Parabéns” repete a formula de “Feitiço do Tempo”

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Você já teve um dia tão bom que queria revivê-lo mais uma vez? E um dia em que tudo deu errado e você queria consertar cada curva errada que fez? E se esse dia errado fosse o seu último dia vivo? É essa a sina de Tree Gelbman. Ela está presa em um ciclo vicioso no dia de seu aniversário e de sua morte, em que é assassinada por uma figura misteriosa. Com estreia marcada para 12 de outubro, A Morte te dá parabéns provoca uma agonia e curiosidade no público que só será saciada quando Tree parar de morrer e ressuscitar continuamente.

Com a missão de descobrir quem está encontrando tantas formas de matá-la, Tree não conseguirá facilmente saber quem tem tendências assassinas em sua faculdade. Com poucas dicas de quem poderia estar fazendo isso, uma atitude de desprezo geral, e apenas um garoto que conheceu na noite anterior, Carter Davis, como aliado, qualquer um pode querer dar um fim a garota. O novo longa da Universal Pictures não é seu clássico filme de Dia das Bruxas. Ele não é feito para assustar, mas sim para provocar aquele suspense que te faz ficar na ponta da cadeira até o fim da sessão, e até que ele cumpre bem esse papel.
Essa versão sangrenta de “Feitiço do Tempo”- filme de 1993 em que Bill Murray fica preso no mesmo dia (semelhança essa apontada durante o filme para livrar a consciência do diretor Christopher Landon de explicar a inspiração) – é uma fórmula pronta toda vez que se recria. O primeiro dia é uma novidade completa, e é completamente vivido, o segundo causa um estranhamento passível da justificativa de “deja vu”. Assim que a protagonista recebe a confirmação de que ela está presa no tempo, ela tenta diversas variáveis para ajeitar a linha temporal, desistindo e “pirando de vez” por pelo menos um dia completo. Até que algo a faz ter uma perspectiva completamente nova sobre os mesmos fatos, e o filme finalmente anda rumo a um fechamento, ou é isso que te querem fazer pensar.
Desde a logo da Universal Pictures, que fica se repetindo antes do filme começar, até o último minuto do longa, o público realmente experimenta a sensação preocupante de ansiedade de que repetir tantas vezes o mesmo dia pode não ser tão divertido quanto soa. Se o diretor tivesse se dedicado a manter apenas esse sentimento durante toda a duração do longa, teria sido ainda melhor. Mas a tentativa de provocar pelo menos um ou dois sustos aumentando bastante o volume de uma cena após silêncio é decepcionante.

Apesar disso, a trama como um todo é bem explorada. Todas as possibilidades se esgotam e Tree Gelbman mostra que é inteligente o suficiente para saber que tipo de final quer para sua história. Interpretada por Jessica Rothe, a protagonista se saiu muito bem na evolução da personagem. Para quem começa com uma personalidade e procura a redenção pessoal, a atriz soube exatamente como fazer sua personagem se destacar. Carter (Israel Broussard) também se sai bem em seu papel de garoto ingênuo, mas esperto, e traz tentativas valiosas para Tree tentar a cada novo dia.

Há uma tentativa de plot twist, ou seja, final inesperado, mas é complicado dizer se funciona. Afinal, se o público for do tipo que durante o longa, não consegue evitar, mas tentar descobrir antes da protagonista quem é o culpado, há uma pulga atrás da orelha para cada um que entra em cena. Por outro lado, se o público simplesmente quer ser levado pela narrativa e perceber as revelações ao mesmo tempo que a personagem principal, então com certeza a surpresa é mais impactante. De qualquer forma, “A Morte te dá Parabéns” é divertido e provoca uma ansiedade nervosa a cada repetição, que canta “Parabéns pra você, nesta morte sofrida” todo dia de novo e de novo e de novo.

Luana Feliciano
Luana Feliciano
Estudante de Jornalismo, ama escrever e meus filmes favoritos sempre me fazem chorar. Minhas séries preferidas são todas de comédia, e meus livros são meus filhos.

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