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Nova produção da Netflix, “O Matador” apresenta um verdadeiro faroeste brasileiro

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Acaba de chegar à Netflix o longa O Matador, de Marcelo Galvão – responsável também pelas produções Colegas (2012) e do premiado A Despedida (2014). A história se passa em Pernambuco, nos anos 40 e acompanha o temido matador Cabeleira (Diogo Morgado), que após ser abandonado ainda bebê e é adotado de forma meio torta por Sete Orelhas (Deto Montenegro), conhecido como “O Matador de Matadores”. Quando o pai desaparece, Cabeleira, um sertanejo bronco, parte em busca de seu paradeiro e chega à propriedade do Monsieur Blanchard (Etienne Chicot), um poderoso e cruel senhor de terras, para quem começa a trabalhar.

O principal destaque do filme é a mescla entre a estética do faroeste tradicional e elementos brasileiros – em alguns aspectos, lembrando filmes do italiano Sergio Leone e até mesmo Abril Despedaçado, de Walter Salles, salvo as devidas proporções, é claro. Percebe-se a preocupação em não mimetizar as produções americanas do gênero, e sim criar algo novo bebendo desta fonte, mas sempre mantendo o regionalismo. Vale também ressaltar a violência árida do filme, que não está preocupado se o público se chocará ou não com a crueza das sequências, transformando o longa em um verdadeiro faroeste brasileiro.

Apesar dos acertos e das boas intenções, o filme tem defeitos que pesam no desenrolar da narrativa. O mais perceptível é, sem dúvida o excesso de subtramas e personagens sem tempo hábil para serem desenvolvidos – um bom (ou não) exemplo disso envolve a icônica atriz portuguesa Maria de Medeiros (Pulp Fiction), absolutamente subaproveitada, deixando a sensação de talento desperdiçado. Apesar disso, O Matador deve receber uma chance do espectador, seja por diversão escapista ou para incentivar o serviço de streaming a produzir mais conteúdo original em território brasileiro.

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