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Ouro e Cobiça retrata o empreendedorismo sonhador de Hollywood

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Por Rafaelo Salles

Nos últimos anos, Matthew McConaughey ficou bastante conhecido por uma grata sequência se atuações viscerais, vide Clube de Compras de Dallas (que lhe garantiu um Oscar), O Lobo de Wall Street, Interestelar e, mais recentemente, Ouro e Cobiça. Apesar de ter sido muito menos badalado, o filme que leva para as telas um escândalo real envolvendo o investidor e prospector de mineração Kenny Wells, merece entrar para esse seleto grupo. Na ausência de mirabolâncias em termos de edição e roteiro, é justamente a atuação de McConaughey que nos prende nessa busca por ouro.

Ouro e Cobiça tem na direção Stephen Gaghan (Syriana – A Industria do Petróleo) e conta a história de Kenny Wells (McConaughey) em uma busca desenfreada por um investimento que pudesse salvar a companhia montada por seu pai e como ele se aliou ao geólogo Michael Acosta, vivido por Edgar Ramírez. Os dois partem para a Indonésia, onde supostamente encontram um veio de ouro à mercê de quem puder minera-lo das entranhas da montanha. O elenco também conta com Bryce Dallas Howard, Corey Stoll e Toby Kebbel.

Em alguns momentos, o filme toma a forma de muitas outras produções de Hollywood que retratam o empreendedorismo sonhador de grandes mentes incompreendidas. Numa verdadeira representação do sonho americano, sonhos e delírios são suficientes para motivar as pessoas a trabalhar pois, eventualmente, vão encontrar o filão (jargão da mineração que significa o grande veio de um determinado tipo de rocha). A determinação quase romântica de Kenny Wells e sua equipe é contagiante e, apesar de óbvia, faz você acreditar que, no final, tudo vai acabar bem.

No fim das contas, o filme não corresponde exatamente ao que foi vendido. Os trailers com trilha sonora de rock setentista prometiam uma mistura de Trapaça e O Lobo de Wall Street. No entanto, o filme mostra algo muito mais entorpecido, de ritmo mais lento e contemplativo, apesar da presença quase constante na tela de um Kenny Wells intenso e arrojado.

Matthew McConaughey acaba sendo o principal fio condutor da trama. Em meio a altos e baixos de sua vida profissional, financeira e pessoal, o ator entrega um personagem, segundo ele mesmo, apenas inspirado no Kenny Wells de carne e osso: um sujeito careca, barrigudo, carismático e sonhador, disposto a qualquer coisa para resgatar a empresa de seu pai e que consome quantidades obscenas de álcool e cigarro. É lógico que Edgar Ramíres é sempre muito competente em suas atuações e que a belíssima e talentosa Bryce Dallas Howard jamais decepciona, mas é McConaughey que vai fazer você torcer por alguém em “Ouro e Cobiça”, mesmo que seus atos sejam bastante questionáveis.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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