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Filme de Petra Biondina Volpe, Mulheres Divinas retrata a luta por direitos iguais

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Indicado como filme estrangeiro ao Oscar 2018 pela Suíça, Mulheres Divinas (The Divine Order) é uma bandeira da luta das mulheres pela igualdade de direitos entre os gêneros, feito com o brilho e a delicadeza das mãos de duas mulheres em especial: a cineasta Petra Volpe e a atriz Marie Leuenberger. Não à toa a obra venceu dois prêmios no Festival de Tribeca 2017, sendo eles, melhor filme pela avaliação do público e melhor atriz, pela atuação de Marie.

A história se passa numa cidade remota da Suíça, no início da década de 70, mais especificamente, onde vive Nora, uma mulher devota à seu papel de esposa exemplar. No início da trama, Nora aparentemente resignada com sua vida, começa a se deparar com situações questionáveis, envolvendo suas próprias convicções de liberdade e de outras mulheres que convivem no ciclo social do vilarejo onde habita.

Estes questionamentos são alimentados quando ela conhece Graziella, uma italiana que volta à Suíça após anos para tocar o estabelecimento que outrora havia sido da mãe de Nora. Graziella de certa forma incentiva Nora a enfrentar o que lhe está reprimido, e a partir de então, a protagonista que logo no primeiro ato se vê diante de algumas situações que envolvem mulheres de quem se relaciona, estufa o peito e decide por si liderar este movimento de embate.

Mulheres Divinas toca em um tema bastante delicado e atual, embora seja uma história passada há quase 50 décadas, que é a da opressão feminina em grande parte dos campos sociais, e presentes ainda em muitas nações ditas modernas. Fora isso, a diretora e roteirista fez questão de introduzir temas os quais as mulheres ainda têm dificuldade de expressão, como liberdade sexual e a atuação da religião no desenvolvimento das relações e da presença da mulher nas decisões políticas de qualquer nação ou organização, empresarial, sindical e até familiar.

Notório quanto fiel a demonstrativa de fragilidade retratada no filme, da mulher ante o homem e sim, muito bonita a saga das mulheres lideradas por Nora em busca da liberdade e igualdade de direitos. Não há o que reparar nos quesitos técnicos, tampouco atuações. Fotografia impecável e elenco excelente.

Menção honrosa à Petra Biondina Volpe, jovem cineasta suíça que merece todo spot da indústria cinematográfica.

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