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IRMÃ DULCE

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O diretor Vicente Amorim fez com certeza um dos melhores filmes já produzidos no cinema nacional e claro, um dos melhores filmes do ano. Um roteiro inteligente mostrou quem era o anjo da Bahia, a freirinha amada por todos e com a vida dedicada em ajudar os pobres, doentes e  desfavorecidos relegados a margem da sociedade.

Para interpretar essa mulher tão forte e tão doce, a escolha não poderia ser melhor, as atrizes Bianca Comparato e Regina Braga deram um show, sendo que o destaque é Bianca Comparato que fez a melhor interpretação da sua carreira em que até a voz ficou igual a de Irmã Dulce. Ela trouxe o espírito de quem era essa pequena mulher guerreira que sua arma era o amor e a dedicação que transmitia para as pessoas.


O elenco estava coeso e todas as interpretações harmônicas. Ponto para o diretor que soube tirar do seu elenco aquilo que ele precisou para realizar esse belíssimo trabalho.

Mas não só de elenco “Irmã Dulce”  tem força. O filme tem uma qualidade técnica impecável. A começar pela bela fotografia de Gustavo Habda. A cuidadosa direção de arte  de Daniel Flaksman mostra com riqueza de detalhes a Bahia que tem início nos anos 40 e vai até os últimos dias de vida de Irmã Dulce em 13 de março de 1992. Uma das melhores maquiagens já realizada no Brasil é de Auri Mota que fez um trabalho minucioso com o envelhecimento das atrizes, principalmente nas mãos. Quem reparar na mão das duas atrizes, vai ver até as manchas de envelhecimento, veias, pele que envelhece ao longo da trama e não tem como não dizer que a mão não é de verdade. A Trilha Sonora tem um casamento perfeito com as cenas, assim como os efeitos sonoros. A Montagem fecha com chave de ouro as transições de cenas e passagens de tempo nos proporcionando um dos mais belos trabalhos do cinema Brasileiro.

O filme é lindo visualmente, emocionante, poético e funciona como energético para alma. É lindo ver um ser humano tão iluminado colocando em prática aquilo que acredita. Uma lutadora por uma causa humanitária. Uma mulher determinada que tem um carisma admirável. Artisticamente Irmã Dulce é uma obra de arte e funciona não só como um bom entretenimento, mas também como registro de uma história real. Uma homenagem digna ao anjo da Bahia, Irmã Dulce.


Por: Andrea Cursino
Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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