Jason Bourne

No novo filme da franquia Bourne, Jason recuperou 100% de suas memórias. Agora, ele precisa justificá-las, e o único modo de fazer isto é voltar a ação. Jason Bourne (Matt Damon) retorna para se vingar de quem o fez sofrer no passado, Robert Dewey (Tommy Lee Jones) é um deles. Alicia Vikander, interpreta Heather Lee, agente da CIA que está ativamente envolvida na caça pelo protagonista. Já para o Asset (Vincent Cassel) esta busca implacável é pessoal. A perseguição entre os dois já dura quatorze anos, quando o primeiro longa – A identidade Bourne – foi lançado.

O longa não decepciona aos fãs que cresceram e descobriram o ex assassino da CIA juntamente com ele. Bourne apesar de envelhecido, permanece com toda sua vitalidade e motivado a encontrar respostas que o perturbam há tanto tempo.

As cenas de perseguição em carros são de perder o fôlego, já as lutas corporais não acompanham trilha sonora, para demonstrar ainda mais o quão orgânico o filme se move.

Houve certa discussão sobre a decisão do diretor e roteirista Paul Greengrass de dar apenas 25 falas para Matt Damon. No filme, esta se mostra uma decisão inteligentíssima. Matt Damon passa a ter a difícil missão de transpor tantas emoções sem realmente comunicá-las verbalmente, e ele cumpre a missão do mesmo jeito que Jason Bourne faria, com perfeição.

Tommy Lee Jones e Vincent Cassel interpretam seus papéis de forma brilhante. É claro que o fato de serem veteranos de Hollywood ajuda, mas não tira o mérito de suas performances. O mesmo não se pode dizer de Julia Stiles, que interpreta Nicky Parsons praticamente como um robô, a entrega das falas são extremamente forçadas. O destaque vai para Alicia Vikander que faz um ótimo trabalho que reluz uma mistura de inteligência e juventude.

Jason Bourne está sempre à procura de respostas, enquanto, seus inimigos, a sua eliminação. Por vezes, o protagonista mostrou que o treinamento que recebeu, junto a criação de seu pai, e toda a jornada heroica que leva, o fizeram compreender sua identidade.

A boa notícia é que há espaço para uma continuação e ainda muitos livros de Robert Ludlum, de onde a série se baseia, para adaptar. Os fãs, que há quatorze anos acompanham os filmes e há 36, os livros, ficarão muito felizes em saber que Bourne ainda possui respostas para procurar e vitalidade para dar conta do recado.