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Tô Ryca

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rycaCaros leitores, o que vocês esperariam de um filme nacional, nos moldes que já estamos ‘’carecas’’ de saber, tendo esse titulo e essa sinopse? Selminha (Samantha Schmütz) é uma frentista que tem a chance de deixar seus dias de pobreza para trás ao descobrir uma herança de família. Mas para conseguir colocar a mão nessa grana, ela terá que cumprir o desafio lançado por seu tio: Selminha precisa gastar 30 milhões de reais em 30 dias, sem acumular nada e nem contar para ninguém.

Levando-se em conta que o nosso cinema não se resume a esse gênero que costumo chamar de ‘’Globo Chanchada’’ como o recente “Um Suburbano Sortudo”, a trilogia “Até que a Sorte nos Separe”, entre tantos outros. “Tô Ryca” tinha tudo para ser mais um exemplar de comédias descartáveis e desprezíveis, mas felizmente ou infelizmente – não sei a resposta – esse filme é bem divertido e vou explicar o porquê.

O filme começa nos apresentando em seu 1° ato a vida das amigas inseparáveis Selminha ( Schmütz está sensacional, em uma personagem muito criativa e com um timming de comédia incrível ) e Luane ( Katiuscia Canoro em ótima atuação também ), mostrando o difícil e sofrido cotidiano de trabalho e as inúmeras aventuras diárias que o trabalhador brasileiro passa para ganhar seu suado dinheirinho, como ônibus e vans lotados, o chefe que fica em cima, etc. Tudo isso aparecendo de uma forma bem engraçada e de fácil entendimento para o público, que como a maioria do povo brasileiro, ri de suas mazelas e desgraças, mas nunca deixa de sonhar com dias melhores.

O filme até esse momento é surpreendente por empregar diálogos inteligentes, improvisações geniais, além de seguras atuações do elenco de apoio.

Meu medo, e já colocava certo que o filme perderia a mão na introdução do conflito, era o tal desafio que Selminha tem que cumprir. Mas, surpreendentemente, e para falar a verdade nem tanto assim, por tudo que já estava sendo mostrado, “Tô Ryca” tem em seu 2º e 3º atos o seu melhor. Posso enumerar umas quatro cenas muito, mas muito engraçadas, a transição e mudança de vida da personagem são hilárias, os contadores ( o casal que fiscaliza tudo que ela está gastando ) vividos pelo Marcus Majella e Fabiana Karla estão incríveis, a introdução de Marcelo Adnet (em sua melhor ponta no cinema) fazendo um candidato corrupto, nepotista, religioso e homofóbico é maravilhosa, sendo ele o detentor de uma das melhores cenas da película.

A produção se encerra de uma forma bem clichê, tem algumas “surpresinhas” que o espectador já espera, porém, infelizmente, é a cruz que esses tipos de filmes carregam, mas que não compromete a jornada.

“Tô Ryca” me surpreendeu e muito, fica bem acima da média de seus concorrentes e pelo menos por esse, deixe o preconceito de lado, vá se divertir, que te garanto boas risadas.

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