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As aventuras de Robinson Crusoé

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cruaoeA história do Náufrago, Robinson Crusoé, que passou 28 anos em uma ilha deserta já foi revisitada muitas vezes desde Daniel Defoe, mas pela primeira vez a história ganha uma perspectiva completamente diferente, sendo contada do ponto de vista dos animais que fazem parte da história.

Um navio pirata se depara com uma pequena ilha em chamas. Na ilha encontram um jovem desacordado, pendurado e preso. Juntos resolvem resgatá-lo de animais selvagens e o levam a bordo. Enquanto tenta explicar o que aconteceu um papagaio se junta a ele. Ao ser colocado para fora do navio, o papagaio conhece dois ratinhos e começa então a contar a eles a verdadeira história do jovem.

O jovem Robinson Crusoé viaja em companhia de seu fiel cão, mas apesar de ser um cartógrafo, se demonstra sem muita intimidade com o mar. O navio também é habitado por um casal de gatos, que acabam criando rivalidade com o nosso protagonista e seu cão, já que ele os impede de comer as galinhas destinadas à produção de ovos para alimentar a tripulação.

Durante uma tempestade o navio acaba naufragando e Crusoé é o único humano sobrevivente, juntamente com seu cachorro, que acabam em uma ilha deserta. A ilha é habitada, exclusivamente, por animais selvagens que até então questionavam a existência de algo, além de seu mundinho. Os animais que com a exceção de “MAk” (um papagaio, que também recebe o nome de sexta-feira) que sonha em se aventurar e conhecer mais sobre o mundo, recebem a novidade com muita desconfiança. O jovem náufrago tem que se adaptar ao seu novo ambiente, enfrentado desafios e se adaptando à ilha em que se encontra.

Apesar de ser a história de um náufrago é, sobretudo, a lição, não apenas de sobreviver, mas de viver do modo mais civilizado possível num lugar inóspito. É a história do homem civilizado, colonizador da ilha, e o reaprender a viver em meio a novas circunstâncias. Viver, acima de tudo, respeitando e dividindo o ambiente que o cerca, mesmo quando faz intervenções. É também uma enorme mudança de perspectiva em que entende-se que felicidade, amizade, desgraça são questão de referencial e que, de certa forma, os problemas são sempre contornáveis.

O filme é visualmente super atrativo para a criançada. Com  cores incríveis e vibrantes, o mar, o céu, os animais, os pássaros, chegam a beirar o realístico. Produzido pelo estúdio Belga Nwave (As aventuras de Sammy e a Mansão Mágica), que tem como um de seus principais atrativos o uso diferenciado da câmera, que realça o efeito 3D, fazendo com que o filme, praticamente, salte da tela em algumas cenas. Apesar de até ser capaz de transportar o expectador pra dentro da ilha em alguns momentos, a história é fraca e falta conteúdo que vá além da Vilania felina, que se inicia com situações que podem ser facilmente categorizadas como maus tratos, em que os animais são chutados e jogados.

Outra característica que chama atenção por ser diferente do que estamos acostumados é a comédia. Os filmes de animação ocidentais têm em sua estrutura uma presença forte da comedia, geralmente em personagens específicos, quiça como temática principal. No Caso das Aventuras de Robinson Crusoé, o que carrega o filme é mesmo a aventura, mesmo com a fofurice de alguns personagens, a superficialidade da história associada ao ritmo muito lento, até o ápice do confronto final, não são capazes de manter a atenção.

Com todo o colorido e a presença de animais fofos e piratas, as crianças provavelmente vão curtir. O mesmo já não pode ser dito dos pais, que vão ter um pouco de trabalho pra passar por essa uma hora e meia.

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