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Drama estrelado por Will Smith, Beleza Oculta, chega aos cinemas

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Beleza OcultaÉ impossível não deixar que acontecimentos trágicos afetem a vida, por isso as pessoas desenvolvem mecanismos em seu psicológico para suportar a dor. A de Howard Inlet consiste em escrever cartas, mas não para um alguém, mas para algo em especifico. Ele escreve cartas para o Tempo, a Morte e o Amor, o que não sabe é que esses conceitos abstratos querem responder às acusações e mostrá-lo que ainda há uma razão para se viver e tentar sobreviver apesar de ter perdido a filha.

Claire (Kate Winslet), Whit (Edward Norton) e Simon (Michael Peña), os três melhores amigos de Howard (Will Smith), trabalham juntos em uma agência publicitária. A tragédia na vida do protagonista tornou-o inapto para tomar decisões e os três querem provar isso aos juízes, para que ele seja retirado da agência e eles possam continua-la sem as dificuldades de compreensão de Howard. Eles descobrem as cartas, e decidem contratar atores para se passarem pelo Tempo (Jacob Latimore), a Morte (Helen Mirren) e o Amor (Keira Knightley) e responder ao que foi escrito.

De certa forma o público percebe que o trailer os enganou, que na verdade não há força do universo correspondendo aos pensamentos e emoções de Howard, mas sim, atores sendo pagos para agir dessa forma. Contudo, o poder de persuasão dos três possibilita que não só o personagem principal possa enxergar suas próprias conclusões, mas também aos amigos, que passam por problemas pessoais, e seus respectivos acompanhantes, Claire e Raffi, o jovem Tempo; Simon e Brigitte, a senhora Morte; e Whit e Amy, a passional Amor. Ou seja, no final, todos saem com algum ensinamento e moral que necessitavam em seu ser.

Ao longo do caminho de recuperação mental, Howard conhece Madeleine (Naomi Harris), líder de um grupo de apoio a pais que perderam seus filhos. Com as conversas que têm com ela, aos poucos, ele volta a falar, e passa a enfrentar todas as emoções que vêm com o luto. Os cinco estágios da dor segundo Kluber Ross são visitados: negação e isolamento, raiva, barganha, depressão e aceitação, e o filme passa a explorar algo muito familiar que surge entre Madeleine e Howard.

O longa deixa elementos extremamente óbvios para a plateia entender, entre eles o uso de recursos para forçar a emoção e o choro em quem assiste, como a trilha sonora, os relatos de outras histórias tristes e o despertar da empatia, já que a história em si parece não ser o suficiente para causar a melancolia que pretende. Apesar da introdução dos personagens ser boa, a direção de David Frankel faz até mesmo as grandes estrelas de Hollywood sofrerem, com instruções que deixaram o filme um clichê do drama.

Desde À Procura da Felicidade, Will Smith tenta emocionar com a mesma espontaneidade com que fez na obra de 2006, contudo Beleza Oculta não consegue repetir o truque com naturalidade. Apesar de ter a reunião de grandes atores, e um potencial enorme, o público se vê procurando a prometida beleza oculta e não a encontra em lugar algum. Os sentimentos que a obra tenta evocar estão ali, mas perdidos a procura da felicidade de um filme melhor.

Luana Feliciano
Luana Feliciano
Estudante de Jornalismo, ama escrever e meus filmes favoritos sempre me fazem chorar. Minhas séries preferidas são todas de comédia, e meus livros são meus filhos.

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