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Horror psicológico, A Cura, marca a volta do diretor Gore Verbinski

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A Cura marca a volta do diretor Gore Verbinski (franquia Piratas do Caribe) ao gênero de horror psicológico, 15 anos após o sucesso de O Chamado. O resultado, porém fica bem longe do esperado, isso graças à ambição e mania de grandeza que o próprio diretor vem apresentando em seus últimos trabalhos.

No longa acompanhamos um jovem e ambicioso executivo vivido por Dane DeHaan (O Espetacular Homem-Aranha 2) que precisa ir buscar o CEO de sua empresa em um misterioso “centro de cura” localizado nos Alpes Suíços e levá-lo de volta a Nova York. Mas logo ele percebe que existe alguma coisa errada nos métodos de tratamento e começa a testar a sua sanidade conforme começa a descobrir os terríveis segredos por trás dos médicos e dos pacientes do local.

O que nós temos na verdade é um simples filme de casa mal assombrada, que até constrói uma atmosfera interessante, mas acaba se perdendo em suas camadas que apresentam um excesso de reviravoltas em uma trama rasa e repleta de furos, só que graças ao trabalho de Verbinski isso é levado à tela em uma escala muito maior que a necessária.

O elenco pouco inspirado traz atuações completamente blasées e mais uma vez Dane DeHaan mostra que não consegue ter a imponência de um protagonista e apresenta uma atuação sem graça e que em nenhum momento gera empatia com o público.

O ponto em alto fica sem dúvida, para o belo trabalho dos diretores de arte e da equipe de designe de produção. Além da direção de fotografia de Bojan Bazelli que faz um belíssimo uso do castelo Hohenzollern, em Hechingen na Alemanha, onde as filmagens foram realizadas, utilizando bem dos planos gerais e trabalhando com um belo filtro esverdeado.

Assim A Cura se constrói como um filme pequeno disfarçado de filme grande, perdendo muita força em seu ritmo, nos entregando um clímax final que não justifica os longos 146 minutos de duração. Conseguindo o feito de quando finalmente tiver chego à sua (obvia) conclusão, ter feito o espectador não se importar mais com os mistérios do filme.

Renato Maciel
Renato Maciel
Carioca e tijucano, viciado em filmes, séries e tudo envolvendo cultura pop, roteirista e estudante de cinema, podcaster no Ratos de Cinema

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