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Novo filme de John Madden, “Armas na Mesa” aborda a industria bélica

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armas na mesaUma das grandes polêmicas da política americana é a ação do lobby das armas dentro do senado. Que acabam interferindo diretamente nas decisões do poder legislativo, forçando vários dos parlamentares a se oporem às mudanças das leis que regulam a venda e o porte de armas, apesar das crescentes ocorrências de ataques coletivos com armas de fogo nos EUA.

Com isso somos apresentados a Elizabeth Sloane (Jessica Chastain) uma implacável lobista de Washington DC, temida, odiada e respeitada por quase todos que chegam perto dela. Capaz de tudo para vencer, ela é conhecida por usar uma série de estratégias ilegais para atingir os seus objetivos. Mas após se mostrar contrária a ideia de apoiar a bancada mais poderosa do congresso americano: os senadores pró-armas, ela pede demissão e passa a trabalhar para o lado oposto, na intenção de conseguir leis mais rígidas para o porte de armas. Assim começando a mais dura e arriscada disputa de sua carreira.

Sem sombras de dúvida, o motor do filme é a atuação de Jessica Chastain, em uma realista representação de uma mulher bem sucedida, mas com uma vida pessoal desastrosa. Chastain consegue driblar alguns clichês colocados em sua personagem e tem a sensibilidade de apresentar apenas em momentos certos sinais de uma humanidade por trás de toda a sede por vitória que guia Sloane, a lobista com convicção.

Fugindo um pouco da simples propaganda contra o controle das armas, o longa passa a ser um estudo sobre o mundo dos lobistas. Levantando toda a sujeira por trás da política americana e apresentando os bastidores desse jogo de xadrez, onde se consagra vencedor aquele que prevê os próximos movimentos do seu adversário. O fato de escolher uma protagonista feminina serve também como um sopro de ar fresco, podendo apresentar uma visão e pensamentos diferentes para esse tipo de história. Fugindo assim de comparações a personagens como Michael Clayton vivido por George Clooney no filme Conduta de Risco.

Em Armas na Mesa, definitivamente não há espaço para o simpático humor característico das principais obras do diretor John Madden (Shakespeare Apaixonado e O Exótico Hotel Marigold), pelo contrário, vemos um afiado thriller político que é exaltado pelo roteiro do estreante Jonathan Perera, trazendo em seu texto uma forte influencia do roteirista Aaron Sorkin e do autor John Grisham.

Assim em vista do importante momento político em que encontrasse os EUA, o filme apresenta uma história sólida e atual que cumpre seu objetivo.

Renato Maciel
Renato Maciel
Carioca e tijucano, viciado em filmes, séries e tudo envolvendo cultura pop, roteirista e estudante de cinema, podcaster no Ratos de Cinema

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