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Drama “Insubstituível”, estrelado por Jean Pierre, chega aos cinemas

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Viver é um fluxo constante e, inevitavelmente, a vida acontece e as coisas mudam mesmo contra nossa vontade. Mudanças nunca são fáceis e a maioria de nós tem um certo receio e resistência a elas. Aos mais existentes, a rotina dá, muitas vezes, aquela falsa ideia de segurança dentro do tempo, a ideia de que estamos no controle das nossas vidas.

Depois de mais de 30 anos como o único médico em uma pequena cidade no interior rural da França, Jean Pierre (François Cluzet) descobre que está doente e por mais que tente agarrar-se à sua vida e à sua rotina, algumas coisas são inevitáveis e ele é obrigado a aceitar a presença de Nathalie (Marianne Denicourt).

Jean Pierre, interpretado de maneira muito precisa e delicada por François Cluzet (Intocáveis) é um homem sério, de poucas palavras e, nitidamente, reservado. A medida que o filme avança e nos aproximamos dos personagens,o envolvimento e paixão dele pelos seus pacientes e seu trabalho ficam mais e mais evidentes. Nathalie, uma enfermeira que decide se tornar médica, depois de muitos anos exercendo a profissão, chega à cidade para ajudar Jean Pierre e dividir com ele o trabalho na cidade.

A nova médica é recebida com desconfiança e má vontade em uma série de momentos clichés, que envolvem uma pessoa da cidade se mudar para o campo. Mas, apesar de clichés a dinâmica entre eles funciona. O relacionamento é, obviamente truncado e repleto de divergências mas um humor suave e as vezes irônico perpassa pelo filme de modo muito competente.

Uma característica interessante do cinema francês é a sobriedade com que os temas são abordados, de modo a se aproximarem bastante de como as coisas seriam na vida real. O silencia fala, a fotografia fala, as atuações falam muito. É possível perceber na maneira como o filme é conduzido pela direção o quanto o silêncio, e a força das atuações podem carregar muitos outros sentidos. O silêncio é reforçado muitas vezes pela bela fotografia.

Outro grande mérito da direção de Thomas Lilti (Hipócrates, 2014), que costumava ser um médico e acabou se tornando cineasta, é a leveza com que o tema é trabalhado, sem a carga dramática, típica do cinema Hollywoodiano, que dá ao filme um certo frescor, simples e extremamente humano.

Apesar das características um tanto novelísticas, mas sem ser excessivamente dramático. Insubstituível é um belo filme, sobre a maneira como enfrentamos as mudanças e como nos adaptamos aos novos desafios que a vida nos traz. Sobre respeitar e aprender a aceitar não só as pessoas, mas também as coisas que não podemos mudar e perceber que isso as vezes pode nos trazer belas surpresas.

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