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Olivia e Francis Hime, um show de vozes e piano na Sala Cecília Meireles

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Um pouco antes do centenário do nascimento de Vinicius de Moraes, Olivia Hime se deu conta de que entre as várias homenagens programadas, nenhuma passava pelo Itamaraty. “Afinal, Vinicius era diplomata”, percebeu. E foi a partir desta percepção que Olívia e Francis Hime criaram um show de vozes e piano que rodou vários países, contando o apoio das embaixadas, até ganhar um registro de estúdio no CD “Sem mais adeus – uma homenagem a Vinicius” pela Biscoito Fino.

Próximos ao poeta desde muito cedo, Olivia e Francis têm recordações que remontam aos primeiros tempos de ambos na música. A “Valsa de Eurídice”, uma rara composição instrumental de Vinicius, abre o disco e as lembranças: “Quando o conheci, eu tinha 15 anos”, recorda Francis Hime, “e toquei para ele esta valsa no piano. Lembro que ele logo disse para minha mãe: ‘não deixa essa menino fazer engenharia, o negócio dele é música”.

Na escolha do repertório, Olivia e Francis optaram por suítes: “Eu sempre peço ao Francis que organize meus discos desta forma, porque são canções que se seguem contando uma história”, lembra Olivia. “São canções de compositores diferentes que se abraçam, em um roteiro que se pode dizer organizado por Vinicius”, completa Francis. E lembra que o samba “Anoiteceu”, foi composto após ter ido a um terreiro de candomblé, onde ouviu os lindos cantos das filhas de santo. Desse modo o CD “Sem mais adeus” traz as parcerias de Vinícius com Francis, Tom Jobim, Baden Powell, Carlos Lyra, Toquinho, Chico Buarque e até mesmo com Adriana Calcanhotto.

Inicialmente, a parceria musical entre Vinicius e Francis, a canção “Um Sequestrador” levou décadas para ganhar uma letra. Dez anos após a morte do poeta, em um show comemorativo no CCBB, Francis conheceu Adriana Calcanhotto. A rápida interação entre os dois virou parceria, pois o compositor convidou, e Adriana aceitou, fazer a letra para aquele tema que já tinha quase 50 anos. A cantora e compositora gaúcha faz duas participações especiais no CD: nesta faixa e em “Samba de Maria”. Este samba, aliás, que Vinicius contava ter feito para sua filha mais nova, perde a aura na carta de Olívia para Maria de Moraes, publicada no encarte: “Durante anos Francis e Vinicius enganaram vocês duas, Maria de Moraes e Maria Hime: diziam que tinham feito em homenagem às filhas. Mas datas não batem”, entrega. Outro detalhe curioso sobre o “Samba de Maria” é que ele foi feito para um Festival da TV Record e só foi gravado agora, no dueto de Adriana e Francis Hime.

Olivia destaca a importância de Vinicius para a modernização das letras de música: “Nós já tínhamos grande letristas, desde Noel Rosa, mas Vinicius veio com a poesia, até então os poetas não serviam a música brasileira, eram coisas completamente separadas. Ele rompeu com esta divisão.” E Francis completa: “Vinicius era uma pessoa extraordinária, e o que mais ficou para mim foi a sua mensagem de amor, de aproximar as pessoas. E para a música brasileira ele foi um divisor de águas, junto com Tom Jobim.”

Serviço:
Olivia e Francis Hime -“Sem mais adeus – uma homenagem a Vinicius”
Local: Sala Cecília Meireles Largo da Lapa, 47 – Centro
Data e hora: 31 de março as 20h
Abertura da casa: 19h
Classificação: Livre
Ingressos na bilheteria da Sala: R$ 50,00 (R$ 25,00 para estudantes e idosos)

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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