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17ª. PATCHWORK DESIGN E EXPOSIÇÃO CONTEMPORÂNEO

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Técnica conhecida por seus desenhos delicados, o patchwork – em português, “trabalhos com retalhos”- vem ganhando contornos ousados. Com novas linguagens, ganhou status de arte. Todo o resultado da criatividade dos artistas plásticos que hoje se dedicam a técnica pode ser conferido na 17ª. Edição da Patchwork Design, que reúne uma feira especializada do setor têxtil e a Contemporâneo – Exposição Internacional de Arte Têxtil. O evento acontece de 27 a 29 de abril, no Clube Monte Líbano, no Rio de Janeiro.

A “Contemporâneo – Exposição Internacional de Arte Têxtil” vai apresentar 70 trabalhos de 56 artistas (46 artistas estrangeiros e 10 artistas brasileiros). Entre os estrangeiros, destaque para os trabalhos da artista americana Barbara O’Steen que narram a preocupação com a preservação do meio ambiente, como “Trees” – painel em 3D que reproduz em tecido o tronco de uma árvore. Já os brasileiros participarão reunindo uma série única com todos os trabalhos do mesmo tamanho.

Na exposição o público poderá conferir peças de patchwork moderno. “Os trabalhos são quase todos abstratos e apresentados em exposições galerias de arte e museus de vários países. São trabalhos contemporâneos. As pessoas nem acreditam que o que estão vendo é tecido. A técnica dá liberdade ao artista de brincar a vontade, misturando não somente as cores, mas texturas”, conta Zeca Medeiros, curador da exposição.

O patchwork só chegou ao Brasil na década de 60, quando foi descoberta por estilistas e decoradores. Nos anos 90 a técnica ganhou força e hoje o patchwork é cada vez mais reconhecido como obra de arte.

O evento apresenta também uma feira de serviços e produtos que oferece desde a matéria prima até produtos acabados nos 70 estandes de expositores da indústria têxtil, como maquinários, livros, revistas, tecidos e produtos de decoração, cama, mesa, banho, vestuário e acessórios, todos usando a técnica do patchwork tradicional.

A 17ª. Edição da Patchwork Design, que também acontecerá em Curitiba, oferece oficinas gratuitas para quem quer se arriscar a fazer um pequeno trabalho usando a técnica tradicional. Serão mil vagas em cada cidade e as inscrições podem ser feitas no local.

“Nosso objetivo é dar destaque e valorizar cada vez mais essa arte. O evento conta com um público cativo dentre eles pessoas que trabalham com a técnica, simpatizantes e colecionadores de arte”, explica Zeca.

O crescimento da indústria do patchwork

Enquanto nos séculos XVI, XVII e XVIII mulheres se esforçavam para fazer colchas bonitas e aconchegantes, na era Vitoriana (século XIX) a criação do patchwork com a técnica “Crazy” tornou-se um hobby elegante que levou a ideia de se fazer trabalhos apenas para exposição.

Nos anos 70, jovens artistas “descobriram” o patchwork, dominaram a técnica e rapidamente começaram a experimenta-los em estilos contemporâneos.

Galerias de arte se recusavam a expor quilts (patchwork) artísticos por que o patchwork não era visto como dignos de consideração artística e mostras de patchwork se recusavam a aceitar trabalhos artísticos por que não se limitavam a estilos e técnicas tradicionais.

A primeira exposição de patchwork artístico foi realizada no final dos anos 70 nos EUA. O patchwork contemporâneo atinge o seu auge no século XXI. Atualmente, museus e galerias de arte atraem grandes multidões para exposições como a “Quilt National” nos EUA ou o “Quilt Nihon” no Japão.

No Brasil a “Contemporâneo” lidera esse movimento e apresenta vários estilos de arte têxtil de artistas consagrados e emergentes de vários países.

A técnica ganhou o mundo e hoje em dia movimenta bilhões de dólares em vários países, inclusive o Brasil.

Nos últimos 15 anos o número de consumidores do patchwork aumentou tanto que motivou o surgimento de uma indústria nacional para atender exclusivamente esse mercado. Tecelagens fabricam tecidos com estampas próprias para o trabalho, editoras publicam livros e revistas sobre a técnica, indústrias de máquinas de costura criam novas tecnologias para atender o artesão, lojas especializadas e eventos espalhados por todo Brasil, abastecem milhares de consumidores e artesãos que vivem ou fazem dessa arte um hobby.

A 17ª edição da feira Patchwork Design vem mais uma vez, reunir micros e pequenas e grandes empresas com os lojistas e o consumidor final, a fim de alavancar direta e indiretamente o volume de negócios do setor.

– O mercado cresceu tanto que desde 2011 a Patchwork Design passou a acontecer também em São Paulo e este ano estará também em Curitiba. Em 2017 estão sendo esperados cerca de 11 mil visitantes, 23% a mais que em 2016. A expectativa, segundo a organização do evento, é de que o volume de negócios ultrapasse R$ 3 milhões.

Zeca Medeiros conta também que a feira recebe visitantes de todo Brasil e da América Latina.

SERVIÇO:
17ª. Patchwork Design e Contemporâneo
Data: 27 a 29 de abril
Local: Clube Monte Líbano – Av. Borges de Medeiros, 701 – Lagoa.
Horário: 13 às 19h // Entrada: R$ 24,00 inteira e R$ 12,00 meia
Site: http://www.bializ.com/patchworkdesign/

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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