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Adaptação literária, “Eles eram muitos cavalos” estreia no Teatro Serrador

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Adaptação para os palcos da obra homônima do escritor mineiro Luiz Ruffato que é considerado um dos mais importantes da literatura contemporânea brasileira, narra de forma fragmentada, um dia na cidade de São Paulo. A megalópole não se limita ao lugar comum da “selva de pedra”. São Paulo, a grande protagonista, se apresenta como um grande mosaico composto por gente de diferentes classes sociais e de todos os cantos do Brasil. O Coletivo é formado pelos atores Lucianna Magalhães, Mariz Garcez, Pablo Falcão e Valquíria Oliveira, que vivem diversas personagens e apostam num texto final colaborativo sob a direção artística do ator/diretor Alexandre Lino (Volúpia da Cegueira).

O livro “Eles eram muitos cavalos” publicado em 2001, recebeu o Troféu APCA e o Prêmio Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional. É o primeiro romance de Luiz Ruffato, que no momento está nos cinemas com o filme “Redemoinho”. O longa é uma adaptação do seu livro “O Mundo Inimigo – Inferno Provisório Vol. II” que faz um eco com “Eles eram muitos cavalos” no que tange ao olhar para o movimento migratório, a questão do pertencimento e o resultado proveniente das escolhas.

Com uma perspectiva documental a montagem é uma investigação dos 69 fragmentos originais da obra homônima mantendo a sua estrutura não linear. O único ele entre eles é o fato de todas as narrativas ocorrerem em um só dia na cidade de São Paulo. Assim como o romance, a peça é uma espécie de retrato, um tributo sobre a cidade de São Paulo. Um panorama sobre a beleza e o caos a que estão imersos esses diversos indivíduos que na multidão passam invisíveis, mas que tem histórias que ecoam no cinza imposto pelo concreto e potencializado pela opção do poder público.

“Eles eram muitos cavalos” ecoa também com o trabalho anterior do diretor Alexandre Lino. Se em “Volúpia da Cegueira” a peça falava de uma cegueira que ultrapassa os limites da fisicalidade, nessa nova investigação a cegueira é metáfora do individualismo e urgência a qual nos é imposto o cotidiano para a sobrevivência nos grandes centros urbanos.

O cenário de Pablo Falcão evocará a megalópole em cinco andaimes de obras que sugerem o sufocamento proporcionado pelos arranha-céus de São Paulo. Em tons de cinza, dialogando com o concreto armado, também é a opção da figurinista Karlla de Luca para compor uma palheta que fala com a realidade atual de uma cidade que foi obrigada a esconder as cores de seus grafites.

SERVIÇO:
“Eles eram muitos cavalos”
Local: Teatro Municipal Serrador (Endereço: Rua Senador Dantas, 13 – Centro)
Temporada: 08 a 30 de abril
Dias e horários: de sexta a domingo, às 19h30
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Duração: 70 min
Capacidade: 280 lugares Classificação indicativa: 16 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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