Consumismo e sociedade em um documentário sobre Capitalismo

Você poderia viver com apenas o essencial? Um guarda-roupa com apenas duas calças, algumas poucas camisas e nenhum acessório? Que tal morar em uma casa que possui uma cama, um banheiro e uma cozinha? Em um mundo que cultua o materialismo e a ostentação, algumas pessoas tomaram a decisão de seguir um estilo de vida que modifica suas visões de consumismo e de sociedade. Ganhador de 12 grandes prêmios de festivais de cinema, o longa “Minimalismo: Um Documentário Sobre as Coisas Importantes” mostra como uma escolha pode livrar dos pesos impostos pelo capitalismo.

Fundadores do site “The Minimalist”, Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus vivem uma vida ausente dos valores de consumo compulsivo. Eles influenciaram pessoas através de seu portal a também diminuir o número de objetos que possuem e analisar as consequências disso. O documentário captura a essência (e somente a essência já que o filme também procurou ser minimalista) da vida quem escolheu diminuir suas preocupações através da filosofia minimalista, e o que sentiram a partir do momento que embarcaram nessa jornada.

Matt D’Avela é o diretor e curador do filme. Ele cria a narrativa baseada no círculo dourado (uma técnica de vendas que se divide em três partes e responde às perguntas “Por que?”, “O que?” e “Como?”). Dessa forma, o documentário pode soar um pouco como uma propaganda de uma hora e meia. Contudo, mesmo que Matt não consiga evitar se não transbordar positividade no projeto, durante o longa, é difícil não admitir que essa retomada de poder sobre sua própria vida, acima dos desejos de compra e possessão é, para muitos, um sonho gigante.