Documentário da Netflix, “Quem é JonBenét” mistura de ficção e realidade

No natal de 1996, na cidade de Boulder, no estado americano do Colorado, uma família acordava para mais um dia de Natal em suas vidas. Era só mais uma tradicional casa americana formada pelo pai John Ramsay, pela mãe Patsy, pelo filho Burke (9 anos na época) e pela caçula JonBenét.

Como em qualquer Natal, Burke acordou animado para abrir seus presentes, os pais vieram logo atrás, mas estranharam a falta da filha mais nova. Ao entrarem em seu quarto, notaram que ela não estava lá, nem em qualquer lugar visível. A policia foi chamada para encontrar a criança desaparecida, mas não obteve sucesso. Foi só então que John Ramsay se deparou com uma aterradora descoberta, o corpo sem vida de sua filha no porão da casa.

O homicídio de JonBenét é considerado o mais misterioso e perturbador da história dos Estados Unidos por conter elementos como suspeita sob parentes, contaminação da cena do crime, conduta despreparada por parte da policia e o fato de uma criança ter sido a vitima. Por quase vinte anos a mídia tem tratado o caso como um “reality show”, indicando possíveis suspeitos e incendiando a opinião popular.

O mais novo documentário da Netflix traz uma visão diferenciada do ocorrido ao não mostrar o caso diretamente, como em “The People VS O.J Simpson”, mas sim um processo de seleção de elenco para um documentário a respeito do caso. Nesse casting os atores e atrizes dão depoimentos que revelam suas opiniões sobre os envolvidos no assassinato.

Para aqueles que gostam de series policiais ( “Making a murderer” é um bom exemplo) ou casos reais vale a pena dar uma conferida por ser tratar do mais famoso deles, assim como para os assinantes que são fascinados pelas obras originais do serviço e aqui não se decepcionarão.

Já para os que não se enquadram em nenhuma das alternativas anteriores fica a narrativa diferente encontrada pelo documentário para contar uma historia já visitada e adaptada diversas vezes como um atrativo para mergulhar no assunto. Isso sem contar as diversas teorias da conspiração espalhadas pela internet.