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“Tudo Por Uma Esmeralda”: Uma experiência imersiva em um mundo de clichês da década de 80

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Por Rafaelo Salles:

É sabido que a Netflix negocia ativamente com os estúdios de cinema para que seu catálogo possa contar com os maiores lançamentos e blockbusters o mais rápido possível. Mas nem só de novidades vive a locadora vermelha. Em meio a tantas opções, é possível garimpar alguns clássicos estilo “Sessão da Tarde” que marcaram época e ajudaram a impulsionar carreiras proeminentes de Hollywood. Esse é justamente o caso de “Tudo Por Uma Esmeralda”, um mix de aventura, ação e comédia romântica, considerado pela crítica o melhor filme de 1984.

Na trama, a romancista Joan Wilder, vivida por Kathleen Turner, parte para a Colômbia na tentativa de resgatar sua irmã sequestrada por criminosos locais. O preço do resgate é o mapa de um suposto tesouro, uma imensa esmeralda chamada “El Corazón”. O caminho de Wilder é cruzado por Jack Colton, o típico aventureiro oitentista interpretado por Michael Douglas. Para entrar mais no clima do filme, você pode reler esse parágrafo com a voz do locutor da “Sessão da Tarde” e dizer no final que eles se metem em tremendas confusões. É exatamente isso que acontece.

“Tudo Por Uma Esmeralda” também foi o filme que alavancou a carreira do diretor Robert Zemeckis, que estava desempregado até Michael Douglas convidá-lo para capitanear o projeto. A paixão de Zemeckis pela teoria das câmeras e efeitos especiais foi responsável por garantir todo o caráter aventuresco do filme que, inicialmente, fora concebido para ser exclusivamente um romance. Certamente, Zemeckis fez da oportunidade um grande laboratório para amadurecer seu projeto que viria a seguir: a trilogia “De Volta Para o Futuro”, que ajudou a dar o tom para os filmes de aventura nas décadas de 80 e 90.

O filme ainda conta a trilha sonora de um iniciante à época, o renomado compositor Alan Silvestri. Contratado para “tapar buraco”, Silvestri encantou o diretor Robert Zemeckis, com quem formou uma longa e produtiva parceria: a dupla trabalharia novamente em outros grandes sucessos como a trilogia “De Volta para o Futuro”, “Uma Cilada Para Roger Rabbit” (1988), “Forrest Gump” (1994), “Contato” (1997), “Náufrago” (2000) e “O Vôo” (2012).

Muito bem recebido pela crítica, “Tudo Por Uma Esmeralda” foi premiado com o Globo de Ouro na categoria “melhor musical ou comédia” e “melhor atriz de musical ou comédia”, para Kathleen Turner, além da indicação ao Oscar por melhor edição. Esse sucesso engatilhou a sequência “A Jóia do Nilo”, sem Zemeckis, mas novamente com o casal Turner e Douglas. Recentemente, a Fox considerou um reboot, com os papéis de Jack Colton e Joan Wilder nas mãos de Gerard Butler e Katherine Heigl, respectivamente, mas o projeto não seguiu adiante.

Além de todas as credenciais aqui listadas, “Tudo Por Uma Esmeralda” tem tudo para garantir uma divertida tarde de sábado no sofá de casa. É uma experiência imersiva em um mundo de clichês da década de 80, muitas vezes caricato, mas sem deixar de entreter com boas doses de ação, aventura, comédia e romance.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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