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Comédia mexicana, “Como se tornar um conquistador” chega aos cinemas

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O anúncio de uma comédia pastelão faz, com certeza, o alerta de desastre eminente disparar, mas, curiosamente, essa comédia mexicana pode surpreender, apesar de nem sempre conseguir atingir o tom desejado, é sem dúvida leve e consegue divertir em muitos momentos.

Máximo, vivido por Eugenio Derbez, quando menino promete nunca trabalhar após perder o pai por causa de um acidente causado por excesso de trabalho. O menino sonha se casar com uma mulher rica. Plano esse que é muito bem executado quando, o bonitão aos 22 anos (vivido inclusive pelo filho de Derbez), conquista uma velha rica. Depois de 25 anos vivendo com toda e mordomia e muitos privilégios e paparicos ele é trocado por um homem muito mais jovem, o vendedor de carros (Michael Cera) e por ter assinado um acordo pré-nupcial fica sem absolutamente nada.

Agora já não tão jovem e com uma mão na frente e outra atrás ele se vê tendo que recomeçar. Sem ter nem onde ficar, acaba buscando abrigo na casa da irmã, vivida por Salma Hayeck, que tem um filho de 10 anos, Hugo (Raphael Alejandro), que perdeu o pai.

O relacionamento entre Maximo e Hugo se intensifica quando o novo alvo do gigolô é a avó de uma menina na escola de Hugo, em especial uma menina pela qual o sobrinho tem um ”crush”. O conquistador decide ajudar o sobrinho a conquistar a menina para ganhar assim acesso à “sugar mama” de seus sonhos, a milionária avó.

O relacionamento entre Maximo e Hugo e as desventuras do tio para transformar o sobrinho num conquistador são o ponto alto do filme. Eugenio Derbez tem boa química com atores infantis, como foi com o grande sucesso, Não aceitamos devoluções, filme mexicano de maior bilheteria nos Estados Unidos da história.

O elenco é uma atração à parte, com destaque para Rob Lowe, como o melhor amigo, também gigolô, que vive às voltas com as exigências da mulher que tem muitas fantasias.

É comum que existam em filmes assim personagens que só estão lá muitas vezes para ser uma piada. Mas um grande acerto do roteiro é que todos os personagens tem função definida e são importantes para o desenvolvimento da trama.

A excelente dinâmica entre os irmãos funciona muito bem Debet e Salma Hayek, que está muito bem como sempre, tem ótima química. A relação dos irmãos é bem acompanhada pela mudança de idiomas, dando uma naturalidade muito grande às interações.

Costumamos criticar os filmes que se passam em outro país, mas são todos em inglês, assim como as novelas brasileiras em que o mundo inteiro parece falar português. No filme a dinâmica do idioma que se alterna de acordo com as pessoas que estão interagindo é muito fluída e dá uma grande sensação de veracidade às relações.

O cenário familiar, e a transformação do gigolô em um homem de família é bem divertida. Apesar das segundas intenções, Derbet tem aquele tipo bom sujeito que acaba conquistando o expectador, msmo fazendo as escolhas erradas, que permeiam os caminhos seguidos por ele e as relações, que apesar de tudo parecem sinceras e transformadoras.

Apesar de irregular, passeando entre o filme para a família e a comédia escrachada sem se posicionar por nenhum dos dois, o resultado final é uma comédia bem agradável e leve. O filme é o primeiro longa-metragem da carreira de diretor do ator Ken Marino, que parece bem à vontade, com os momentos mais sentimentais e as piadas mais físicas. O grande elenco, com bons momentos, faz com que o filme seja bem melhor do que o esperado e o longa consegue arrancar alguns sorrisos e até risadas.

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