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MC Milk lança Lyric Video em Libras do single ‘Mina Bandida’

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Com apenas 18 anos o cantor brasiliense Victor Hugo Leite dos Santos, conhecido como MC Milk, vem despontando dentro do cenário funk nacional, ganhando uma repercussão muito positiva após realizar a inclusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em seu trabalho.

O cantor despontou no começo de 2016, com a canção “Mina de Cabelo Azul” que é uma homenagem a funkeira Tati Zaqui, sua madrinha musical. Mas o nome do MC Milk tomou maior proporção após a recepção positiva de seu primeiro clipe para a canção “Você é Linda”. A música conta com participação do cantor com Saymon Macnarama e apresenta um clipe direcionado aos deficientes auditivos. Desde então, seu compromisso com a questão social permeia todos os projetos de sua carreira, mantendo a preocupação  do cantor com a inclusão social com o público surdo.

Milk atualmente integra o casting da UMMUSIC, produtora de Umberto Tavares, um dos maiores nomes do Pop/Funk nacional atualmente. Além disso, o cantor lançou recentemente um lyric vídeo para seu novo single, “Mina Bandida”, que novamente é voltado ao público deficiente auditivo.

Você veio da cidade de Brasília, como é a cena do funk lá e como foi o seu começo de carreira?
Milk – Em Brasília temos alguns cantores que estão já há algum tempo na estrada tentando fazer o movimento e a cena do funk acontecer na cidade, mas que não são valorizados como deveriam. É o caso da MC Jenny, MC Leandrinho, MC Vete e o Caça prazer. Pra mim, no início foi muito difícil até para produzir música. Lembro que foi difícil encontrar quem produzia funk em Brasília e logo no primeiro estúdio que entrei o produtor falou que se eu não gravasse música com pornografia eu não iria fazer sucesso. Não era o que eu queria e isso não me desanimou. Mas é bem chato isso, você ter seu trabalho bem mais reconhecido e valorizado fora de casa do que no lugar onde você mora.

Quais são as suas inspirações e como veio a vontade de cantar?
Milk – A música sempre esteve presente em minha vida, quando brincava com meus amigos e jogava futebol. Um dia, cheguei ao meu amigo, que hoje é meu empresário, e disse que tinha um sonho, o de levar alegria para as pessoas por meio da música e, com isso, poder dar uma casa e condições melhores de vida para a minha família. Nunca deixei de acreditar e hoje estou feliz de ver minha carreira acontecendo. Minhas inspirações são muitas, e tenho alguns cantores que respeito e curto muito o trabalho deles. O MC Daleste foi um, inclusive uma música dele que me despertou interesse pelo funk. Mas o Justin Bieber, Livinho, Kevinho, Guimê e o Hungria, são cantores que admiro.

Especialmente na música “Mina Bandida” nós podemos ver um diferencial em sua música, apresentando os elementos de cavaquinho e pandeiro misturados no funk. Como é o seu processo criação e se podemos esperar mais dessas batidas em seu futuro EP?
Milk – Tenho um caderninho onde escrevo algumas letras que falam sobre coisas que eu curto, mas Mina Bandida foi um presente do Umberto Tavares , que a partir de agora está produzindo e dirigindo toda parte musical do meu trabalho. Mina Bandida, por exemplo, foge do que estão acostumados a ouvir, vem numa pegada de rastafunk. O que posso adiantar e garantir é que vocês irão se surpreender com minhas próximas músicas.

Como veio a ideia para a inclusão da linguagem de sinais no clipe de “Você é Linda” e qual foi o maior desafio na produção desse vídeo?
Milk – Meu empresário, o Leo, também é jornalista. Ele um dia entrevistou uma garota surda e perguntou como ela fazia para acompanhar uma turma regular de licenciatura em dança sendo deficiente auditiva. Ela respondeu para ele que não podia ouvir uma música como nós ouvimos, mas que podia sentir a música. Ele então compartilhou isso comigo.
Logo em seguida, em uma viagem a São Paulo, enquanto estávmos em um mercado, vimos duas surdas conversando, elas estavam lá, mas parecia que elas estavam isoladas, que elas não pertenciam ao mesmo mundo de nós, que somos ouvintes. Alguns dias depois, o Leo recebeu uma mensagem no seu telefone. A pessoa se identificou como meu fã e perguntou se eu sabia falar em LIBRAS. Foi algo, assim, do nada. Alí, tivemos a certeza que eu podia e deveria fazer algo que trouxesse a inclusão dos surdos na minha música de trabalho. Uma das melhores formas de incluir os surdos na sociedade é tornando possível a comunicação deles com outras pessoas. Por isso, decidi aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e produzir um clipe direcionado aos deficientes auditivos. Hoje, conseguimos levar até eles não só música, mas alegria e inspiração.

Recentemente artistas de rap americanos como Snoop Dogg e o grupo Wu-Tang Clan vem incorporando um interprete de linguagem de sinais em algumas de suas apresentações ao vivo. Você que já apresenta um trabalho voltado a isso em seus vídeos, pensa em incorporar esses elementos em suas apresentações ao vivo?
Milk – Desde o momento que lançamos o clipe de Você é Linda temos um intérprete, o Faviano Campos, que nos acompanha em algumas apresentações e nossa intenção é, daqui por diante, incorporá-lo ao nosso corpo de dançarinos e shows. Isso faz parte da essência da minha carreira musical e jamais quero deixar esse público de lado.

Além o lyric vídeo de “Mina Bandida”, a música vai ganhar um novo clipe dirigido por Kondzilla, o maior nome na produção de vídeos de funk na atualidade. Como foi a gravação e o que os fãs podem esperar de mais especial?
Milk – Assím que comecei no Funk ficava vendo os clipes no canal do Kond e sonhava em um dia também poder ter um trabalho meu ali. Esse dia chegou e tentei aproveitar ao máximo cada segundo. A gravação foi incrível, um momento muito esperado por todos da equipe e gravar com o Kondzilla é a realização de um sonho. Os fãs podem esperar uma produção super profissional e divertida! Estamos ansiosos para o lançamento, que deve acontecer até o final de agosto.

Você já abriu shows para artistas como Ludmilla e Anitta, como tem sido a experiência de sair de Brasília e começar a se apresentar em outros lugares do Brasil?
Milk – Até o ano passado eu nunca havia saído de Brasília. Em um curto período o funk me levou a lugares onde eu nunca imaginei. Provei a água do mar em Santos e, sim, era salgada. Tudo é muito novo pra mim. Tem pouco tempo que andei pela primeira vez em um avião, que fiquei hospedado em um hotel. Podem parecer coisas simples, mas que só aconteceram na minha vida por causa do funk. Tem sido ótimo conhecer e me aproximar ainda mais do público e de outras cidades do Brasil. Com certeza um dos meus maiores sonhos poder levar a minha arte e fazer shows por todo país.

O segundo semestre de 2017 promete ser muito agitado e repleto de novidades para a sua carreira. O que os fãs podem aguardar?
Milk – Bom, além do lançamento do clipe de Mina Bandida, que tem a assinatura do Umberto Tavares e Kondzilla, virão mais músicas, o lançamento do EP, mais conteúdos voltados ao público surdo e muitos shows. Estou muito feliz e quero dividir essa felicidade com vocês!

Renato Maciel
Renato Maciel
Carioca e tijucano, viciado em filmes, séries e tudo envolvendo cultura pop, roteirista e estudante de cinema, podcaster no Ratos de Cinema

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