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“It – A Coisa” usa de jumpscares e fotografia assustadora para atrair fãs

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Ter medo de palhaço pode soar bobo para alguns, mas assim como o clássico Tubarão é o culpado por disseminar o terror a mares e criaturas aquáticas, “It – Uma obra-prima do medo”, de 1990, foi a razão pela qual o horror a personagens maquiados se espalhou. Não coincidentemente, vinte sete anos se passaram desde o lançamento da primeira versão cinematográfica, e agora dia 7 de setembro, o remake intitulado de It – A coisa chega aos cinemas para relembrar ao mundo a maldição da cidade de Derry e sua relação com o palhaço Pennywise.

Uma cidade do interior do estado de Maine vive sua rotina diária, quando algumas crianças passam a desaparecer misteriosamente. Sete pré-adolescentes formam o clube dos otários: Bill (Jaeden Lieberher), cujo irmão mais novo, Georgie desapareceu, Richie (Finn Wolfhard), Eddie (Jack Dylan Grazer), Stanley (Wyatt Oleff), Mike (Chosen Jacobs), Ben (Jeremy Ray Taylor) e Beverly (Sophia Lillis). O grupo de amigos se une para investigar a praga que assola a cidade a cada 27 anos e descobre que o palhaço Pennywise (Bill Skarsgard) é a entidade culpada pelos séculos de atos canibais cometidos. Para o palhaço, o medo é o melhor tempero na hora de se devorar uma criança.

O diretor Andy Muschietti conseguiu criar um diálogo entre público e personagens. Assim como as crianças do filme, que descobrem que para derrotar o antagonista, devem perder o medo, o público também vai deixando de lado seu receio para enfrentar o perigo. Para quem assiste, o sentimento se perde com as várias piadas feitas ao longo da trama, e dessa forma, na batalha final, os fãs se sentem fortes como as crianças se sentiam para tentar derrotar o mal que os assombra. Essa relação criada é de extrema importância, visto que a partir disso, passa-se a preocupação pelo bem-estar e zelo de cada um dos jovens.

Outro aspecto técnico executado de forma brilhante é o uso das cores. A clássica capa de chuva amarela compõe o quadro da cena de abertura, mas a partir de então o destaque vai para o tom vermelho do balão que atrai a atenção dos inocentes. O fato do filme se passar nos anos 1980 também deu a liberdade da produção usar tons mais claros em cenários e roupas, fazendo assim, o vermelho brilhar ainda mais intensamente, desde a maquiagem de Pennywise até o sangue dos feridos, toda vez que a cor está presente, a ansiedade preenche a sala.

Mas o que realmente causa mal-estar são as duas horas e quinze de filme, que apesar de contar uma aula de storytelling, se torna cansativa. A partir do terceiro ato, quando os fatos realmente fogem do controle, não havia uma necessidade tão grande de estender a história, a não ser para deixar espaço para a continuação, o que é exatamente o que ocorre. Nos créditos finais é revelado que esse remake da adaptação do livro de Stephen King é apenas o primeiro capítulo de uma nova franquia.

É difícil competir com os sustos fáceis e histórias pouco exploradas dos filmes de terror de hoje em dia. It – A Coisa reacende a chama do bom e velho cuidado com cada aspecto cinematográfico, mas também cede e utiliza jumpscares e sons altos para assustar de primeira. Contudo, o longa evolui dentro de si mesmo e passa a notar e explorar outras formas de causar arrepios. Pode ter certeza que as risadas ouvidas ao longo do filme não são nada comparados aos gritos horripilantes de quem enxerga o palhaço Pennywise, que em menos de 27 anos, estaremos ouvindo novamente sobre ele.

Luana Feliciano
Luana Feliciano
Estudante de Jornalismo, ama escrever e meus filmes favoritos sempre me fazem chorar. Minhas séries preferidas são todas de comédia, e meus livros são meus filhos.

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