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Lego Ninjago: O Filme agrada tanto as crianças quanto os adultos

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Sem dúvida uma das maiores surpresas no ano de 2014 é a animação Uma Aventura Lego. Afinal uma produção que tinha tudo para ser um grande caça níquéis, feito apenas para vender brinquedos, se mostrou muito mais do que isso. Pois de fato o público não estava preparado para o ritmo de humor dinâmico e as surpreendentes mensagens emotivas que o filme iria apresentar. Agora, três anos depois vemos a Warner dando novos passos para a expansão dessa franquia, com o sucesso de Lego Batman logo no começo de 2017, o terreno agora estava preparado para a estreia de Lego Ninjago: O Filme, a primeira produção para os cinemas baseado apenas em propriedades originais da marca Lego.

Tomando como base uma das mais populares linha de brinquedos na Lego, Ninjago já havia sido levado para o mundos dos vídeo games e para a televisão em uma série animada lançada em 2011 e exibida até hoje, sendo um enorme sucesso no público infantil. Agora em seu primeiro longa metragem, acompanhamos as aventuras de Lloyd Garmadon um adolescente que tem uma complicada relação com seu pai, afinal ele é o temido vilão Garmadon, que frequentemente tenta destruir a ilha de Ninjago. Mas os planos do vilão sempre são atrapalhados pela equipe de ninjas heróis liderados pelo ninja verde que é nada mais nada menos do que seu filho Lloyd.

Para o público mais velho fica claro a referência de outras propriedades na criação de Ninjago, principalmente em elementos dos Power Rangers e Transformers. O trabalho dos diretores iniciantes Charlie Bean, Paul Fisher e Bob Logan é competente, criando a mesma atmosfera dos filmes anteriores, dessa vez adicionando boas doses do estilo dos clássicos de Kung Fu do cinema asiático. Mas, infelizmente o longa já mostra sinais de repetição na fórmula que deixou a franquia tão popular.

Fica claro que Ninjago possui a mesma energia das outras animações Lego, mas ela também segue a mesma estrutura narrativa. Contando uma história divertida que serve como pano de fundo para uma emocionante história familiar, focando dessa vez na relação de Lloyd e seu pai. Logo a animação que trabalha de forma mais direta nesse elemento, acaba sendo a menos efetiva dos três. E muito disso também ocorre graças ao breve desenvolvimento dos personagens, já que em Uma Aventura Lego nós conhecemos os amigos de Emmet e em Lego Batman, existe um aprofundamento na relação do herói com Robin, Alfred, Coringa e Batgirl. Mas em Ninjago nós não vemos isso, somente Lloyd, Garmadon e Mestre Wu são “explorados”, os outros ninjas da equipe basicamente são identificados pelas cores em seus uniformes.

Como sempre vale comentar e exaltar de forma positiva a dublagem brasileira que como de costume acerta em cheio na animação. Tendo o trabalho de substituir as vozes originais de Dave Franco, Justin Theroux, Olivia Munn e Jackie Chan, os dubladores brasileiros tiveram a liberdade de acrescentar diversas piadas localizadas para o público do Brasil, utilizado de memes e gírias do país para criar novas situações de humor no filme.

Mesmo não sendo tão eficiente quanto às outras animações da franquia, Lego Ninjago: O Filme ainda é uma animação divertida e competente que agrada tanto as crianças quanto os adultos.

 

Renato Maciel
Renato Maciel
Carioca e tijucano, viciado em filmes, séries e tudo envolvendo cultura pop, roteirista e estudante de cinema, podcaster no Ratos de Cinema

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