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Matthew Vaughn adota a cartilha do quanto maior melhor em Kingsman 2

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Hollywood não cansa de se reinventar, e como é interessante ver e constatar uma indústria que preza por vender diversão, entretenimento em suas diversas camadas, mas sempre visando no final de tudo o lucro. Esse sopro de criatividade aliada com a lucratividade veio com Kingsman – O Serviço Secreto (2015), filme que deu um novo ar para os filmes de ação, e de espionagem, flertando com o politicamente incorreto, fugindo do convencional e abrindo novos horizontes para o gênero, resultado disso, mais de 420 milhões de dólares em bilheteria. Obviamente que uma continuação era inevitável. Dito isso, chegamos a Kingsman: O Circulo Dourado.

Antes de mais nada, vamos situar o caro amigo leitor e veja se você já não conhece essa historia: Um gigantesco ataque destrói o quartel-general da Kingsman, obrigando Eggsy (Taron Egerton), Merlin (Mark Strong) e companhia a unirem forças com a agencia americana Statesman,  para acabar com o plano maquiavélico e universal da vilã Poppy (Julianne Moore).

Temos aqui uma continuação com a mesma estrutura, eu disse a mesma estrutura do primeiro filme, cenas absurdas que deixam a realidade em outro planeta, sequências de ação grandiosas, repleto de efeitos visuais, que cumprem bem o seu papel, tudo isso de uma forma mais “anabolizada’’, esse novo filme é apenas uma versão bombada de seu antecessor. Calma, haters que vamos destrinçar isso agora.

Ser mais do mesmo nesse caso é bom ou ruim? A resposta é simples, se você gostou do primeiro e está sedento por isso novamente, ótimo, será uma bela sessão. Agora, se você espera um avanço no arco dos personagens, aquele sopro de criatividade que falamos anteriormente, a chance de decepção é grande.

Você nota claramente que o excelente diretor (Matthew Vaughn) adota a cartilha do quanto maior melhor, isso em todos os departamentos do filme, começando com uma absurda, e no meu modo de ver, confusa cena de ação desenfreada, que dará o tom de todo filme. Uma montanha russa no melhor estilo, só que sem freio.

Apesar do orçamento gigante, um novo time de atores como (Channing Tatum, Pedro Pascal, Halle Barry, Jeff Bridges, Michael Gambon) e da diva Julianne Moore, O Circulo Dourado falha em sua grande maioria, em tudo aquilo que soava novo, original. Um exemplo ótimo para isso é como a participação de Elton John começa maravilhosa, recheada de sarcasmo, esperta, e aos poucos vai ficando brega e cafona. Desde as explicações para Harry (Collin Firth) ainda estar vivo não funcionam narrativamente e mais, as motivações e as consequências introduzidas pela vilã que une a tecnologia com um sopro de nostalgia aos anos 50, são exatamente iguais ao do Valentine, vivido por Samuel L. Jackson.

A grande piada do filme é a caracterização do presidente americano, vivido pelo histérico e absurdamente parcialista Bruce Greenwood, construído antes de Trump chegar a Casa Branca.

O Circulo Dourado pode ser uma bela sessão da tarde para a grande maioria, tudo que um belo exemplar de blockbuster pede, está em suas 2h e 20 de filme. Uma pena que não esteja no mesmo patamar de seu irmão mais novo.

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