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Reflexões inesperadas em “Mãe!”, novo filme de Darren Aronofsky

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Um dos nomes mais inovadores e controversos em Hollywood, Darren Aronofsky diretor de Cisne Negro, Noé e Requiem Para Um Sonho, volta aos cinemas para mais um diferente filme que utiliza de estranhas metáforas para refletir a sociedade, o isolamento, religião e outros diferentes tópicos que são levantados dependendo da interpretação do público. Afinal, esqueça tudo o que você viu no trailer, Mãe! de longe não é o filme de terror ou thriller psicológico que você está esperando.

Creditados apenas como mãe e ele, Jennifer Lawrence e Javier Bardem, vivem um casal que mora em uma grande casa no campo, numa espécie paraíso isolado que eles criaram juntos para fugir de tudo e viverem de suas artes. Quando a chegada de um misterioso homem e sua esposa, vividos por Ed Harris e Michelle Pfeiffer, faz o mundo deles virar de cabeça para baixo.

Um roteiro escrito em apenas cinco dias, o filme é uma carta aberta de um artista para o mundo que está decepcionado, mostrando todas as suas frustrações através de uma premissa simples, mas que nas mãos de Aronofsky, vira um projeto ambicioso que busca causar ao espectador reflexões inesperadas.

Os momentos de suspense que o espectador pode esperar, afinal o filme foi vendido de forma muito errada para o público, são facilmente substituídos por rasos momentos de desconfortos causados basicamente pela perda de privacidade. Cenas essas que ganham força, graças ao estilo de filmagem de Aronofsky, que utiliza com frequência os planos sequências característicos de sua carreira, que servem para dar maior imersão da audiência dentro da casa e graças a atuação inocente de vulnerável de Jennifer Lawrence.

Infelizmente Mãe! acaba sofrendo de um problema com o seu ritmo, às duas horas de duração acabam parecendo longas demais para contar a história apresentada. Principalmente nas resoluções do terceiro ato, onde o diretor sente uma necessidade de dar um final a todos os seus pontos apresentados, sem acreditar em um entendimento lógico do público. Perdendo a chance de finalizar sua história mais cedo, antes de se tornar repetitiva, o resultado acaba fazendo o filme ser previsível dentro de sua imprevisibilidade.

No fim, Mãe! não é um filme para todos os públicos, mas ainda apresenta uma experiência cinematográfica impactante, onde você saindo da sessão satisfeito ou não, consegue deixar muito dele na sua cabeça, gerando muita discussão e reflexão após o fim da sessão, o que sempre é algo válido.

 

 

Renato Maciel
Renato Maciel
Carioca e tijucano, viciado em filmes, séries e tudo envolvendo cultura pop, roteirista e estudante de cinema, podcaster no Ratos de Cinema

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