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TRAGA-ME A CABEÇA DE LIMA BARRETO NO TEATRO CARLOS GOMES

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Hilton Cobra traz de volta à cena o monólogo teatral que celebra a genialidade e a obra do grande escritor brasileiro. Curta temporada popular no Teatro Carlos Gomes
A CIA DOS COMUNS volta à cena com seu elogiado projeto artístico-investigativo-formativo: o monólogo teatral “Traga-me a cabeça de Lima Barreto”.

Inspirado livremente na obra de Lima Barreto, especialmente em Diário Íntimo e Cemitério dos vivos, “Traga-me a cabeça de Lima Barreto” reúne trechos de memórias impressas nas obras de Lima Barreto, entrecruzadas com livre imaginação. O texto de Luiz Marfuz foi escrito especialmente para Hilton Cobra, que celebra 40 anos de carreira artística, e tem direção de Fernanda Júlia (do NATA – Núcleo Afrobrasileiro de Teatro de Alagoinhas). Serão quatro únicas apresentações – dias 13 e 14 e 20 e 21 de setembro, no Teatro Carlos Gomes, com ingressos entre R$ 5,00 e R$ 20,00.

As apresentações das quartas-feiras, dias 13 de setembro às 15h e 20 de setembro às 10h30, serão exclusivas para estudantes, com entrada franca. Já as apresentações dos dias 14 e 21 de setembro, serão às 19h, com ingressos populares, para o público em geral com foco especial para ONGs, pré-vestibulares comunitários e redes sociais.
“Se em vida me submeti às mais sórdidas humilhações, em morte não cederei”

O texto fictício tem início logo após a morte de Lima Barreto, quando eugenistas exigem a exumação do seu cadáver para uma autópsia a fim de esclarecer “como um cérebro inferior poderia ter produzido tantas obras literárias – romances, crônicas, contos, ensaios e outros alfarrábios – se o privilégio da arte nobre e da boa escrita é das raças superiores?”. A partir desse embate com os eugenistas, a peça mostra as várias facetas da personalidade e da genialidade de Lima Barreto, sua vida, família, a loucura, o alcoolismo, sua convivência com a pobreza, sua obra não reconhecida, racismo, suas lembranças e tristezas.

A narrativa ganha força com trechos dos filmes “Homo Sapiens 1900” e “Arquitetura da Destruição” – ambos cedidos gentilmente pelo cineasta sueco Peter Cohen. O cenário, de Marcio Meirelles – um verdadeiro manifesto de palavras – contribui para a força cênica juntamente com o figurino de Biza Vianna, a luz de Jorginho de Carvalho, a direção de movimento de Zebrinha e a música de Jarbas Bittencourt. Os atores Lázaro Ramos, Frank Menezes, Harildo Deda, Hebe Alves, Rui Manthur e Stephane Bourgade – todos amigos e admiradores do trabalho de Cobra, emprestam suas vozes para a leitura em off de textos de apoio à cena.

Hilton Cobra, que criou a Cia dos Comuns em 2001 com o propósito de trazer à cena uma cosmovisão artisticamente negra especialmente no âmbito das artes cênicas, fala da motivação para encenar “Traga-me a cabeça de Lima Barreto”: “É importante discutir eugenia e racismo a partir de Lima Barreto. Também é um reconhecimento à Lima – um autor tão pisoteado, tão injustiçado, que pensou tão bem esse Brasil, abriu na literatura brasileira “a sua pátria estética”, os pisoteados, loucos, os privados de liberdade – esses são os personagens de Lima Barreto. Acredito que ele deve ter sido, se não o primeiro, um dos primeiros autores brasileiros que colocaram esse “submundo” em qualidade e com importância dentro de uma obra literária”.

Serviço: 
Traga-me a cabeça de Lima Barreto
Local: Teatro Carlos Gomes (Praça Tiradentes, s/no – Centro – Rio de Janeiro)
Ingressos: Dias 13/9 às 15h e 20/9 às 10h30 – SOMENTE PARA ESTUDANTES. ENTRADA FRANCA
Dias 14/9 e 21/9 às 19h – INGRESSOS POPULARES. Inteira R$ 20,00 Meia R$ 10,00 Promoção R$ 5,00
Classificação etária: 14 anos
Duração: 60 minutos
Foto: Valmyr Ferreira

 

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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