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Um homem e uma missão, “King: Uma História de Vingança”

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Por Rafaelo Salles

King: Uma História de Vingança é estrelado por Chadwick Boseman na pele de Jacob King, um homem que viaja da África do Sul para Los Angeles em busca de informações sobre sua irmã desaparecida. Após descobrir que ela fora brutalmente assassinada, resta a ele exercer sua vingança contra aqueles que a mataram. Uma premissa simples, sem rodeios e bem executada sob a batuta do diretor belga Fabrice du Welz. Se essas credenciais não forem suficiente para que você se interesse por mais essa produção da Netflix, Pantera Negra se aproxima cada vez mais (a estréia está prevista para 15 de fevereiro no Brasil) e King: Uma História de Vingança se configura em uma ótima oportunidade para ver Boseman em ação como protagonista.

Jacob King é o tipo de personagem que se costumava ver bastante nas produções cinematográficas dos anos 90: uma época distante em que os enredos eram bem menos entrelaçados e as habilidades dos heróis, quase mundanas. Não é de se estranhar que essas características permeiem o filme de uma maneira geral, colocando-o num oposto estético do estilo seguido em produções como John Wick, por exemplo. Bem menos coreografadas, as cenas de luta são mais realistas e, algumas vezes, mais brutais.

Um homem e uma missão. É assim que Boseman retrata seu personagem de poucas palavras. Mesmo sem ser brilhante, o ator consegue aproveitar bem os momentos de silêncio com intensidade, mostrando que tem carisma e talento suficientes para sustentar a história. Enquanto reúne as peças do quebra-cabeças para solucionar o assassinato da irmã, seu personagem preenche a tela remetendo ligeiramente ao estilo característico de ícones de ação como Stallone, Bruce Willis ou Charles Bronson. Não que eles sejam ícones lembrados por seu brilhantismo na arte dramática, mas o que importa aqui é a simplicidade e retidão da ação.

Apesar de ser filmado em Los Angeles, o que chega à tela está longe das locações glamourosas de Hollywood, com palmeiras e carros esportivos. O diretor Fabrice du Welz opta por expor as sarjetas e becos da cidade, num cenário urbano cru que se alinha muito bem com a história. A estética “urban trash neo-noir” é bem construída a partir de tomadas de asfalto molhado, muros pixados e mercados de imigrantes a céu aberto. É nesse ambiente que a cruzada de King se desenrola.

“King: Uma História de Vingança” não é perfeito nem o tenta ser. Tampouco busca revolucionar o estilo. O que se tem é um bom thriller de ação que bebe na fonte de clássicos dos anos 90 com um roteiro bastante simples mas eficaz. A jornada do herói Jacob King não é de longe tão fantástica e explosiva quanto será a do Pantera Negra, mas é, sem dúvida, um belo motivo pra acessar a Netflix em um final de semana qualquer.

 

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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