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Thelma: Um thriller místico com estética impecável

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Uma jovem norueguesa se muda para Oslo para cursar a faculdade de Biologia. Oriunda de uma família extremamente religiosa, Thelma se vê numa atmosfera totalmente distinta, aonde é desafiada pelo conhecimento científico e pelas tentações do universo social que se abre com o meio acadêmico. Este é o pano de fundo para uma história muito mais intrigante e misteriosa.

Já nos primeiros atos da trama, Thelma é acometida por uma epilepsia psicofísica. Tal reação, que vem a se repetir em alguns momentos do filme, é cercada de um misticismo quando elementos da natureza se manifestam simultaneamente aos ataques. Não demora para entendermos a intenção do diretor norueguês, em atrelar tais reações à culpa sentida pela protagonista diante das tentações e medos gerados na infância pela educação repreensiva dos pais e traumas do passado. Isso se torna evidente quando Thelma se descobre apaixonada por Angel, uma garota que conhece no campus da universidade onde estuda.

Trier consegue amarrar o enredo de forma primordial. O suspense se mantém do início ao fim, sem aquela artimanha barata do susto. Uma angústia contínua sobre um mistério que parece querer ser revelado.

Há elementos religiosos meticulosamente aplicados em metáforas sutis.
E o ponto mais forte da obra, ao meu ver, a estética minimalista porém intensa da junção de fotografia, enquadramentos e trilha sonora. Não atoa sou fã dos cineastas nórdicos. Simplesmente lindo!

Indicado ao Oscar 2018 de melhor filme estrangeiro, o thriller norueguês de Joachim Trier tira o fôlego, literalmente!

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