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“PADDINGTON 2″: UMA SEQUÊNCIA QUE MANTÉM O FRESCOR DO ORIGINAL

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Após sair de Darkest Peru – onde sua Tia Lucy permaneceu – em direção à Londres em busca de um novo lar, escapar de uma taxidermista obcecada e ser adotado pela família Brown, o urso Paddington está de volta, é com a mesma personalidade polida e ingenuamente atrapalhada que garantiram o sucesso da carismática personagem no filme se 2014. Desta vez, o animal dotado de boas maneiras tem como objetivo encontrar um presente especial para o centésimo aniversário de Tia Lucy, que viaja até a capital inglesa para visitar o sobrinho. Assim, ele encontra um livro pop-up no antiquário do amigo Mr. Gruber, mas faz questão de pagar pelo produto. Para isso, realiza trabalhos temporários para ganhar dinheiro.No entanto, antes que Paddington possa comprar o presente, o livro é roubado por Phoenix Buchanan (Hugh Grant), um ator que já foi muito famoso cuja carreira está em decadência. E, para piorar a situação, o jovem urso é acusado pelo roubo e terá de provar sua inocência e capturar o bandido.

Mais uma vez, Paul King é o responsável pelo roteiro e pela direção, mantendo a coesão e a consistência da, agora, franquia. Além disso, o elenco do filme original também está de volta, todos irrepreensíveis em seus desempenhos – em especial, Sally Hawkins como a adorável Mary Brown e Julie Walters na pele da divertida Mrs. Bird. Aliás, outro que está impecável em sua função é Ben Whishaw, que, mais uma vez, realiza um incrível trabalho de voz para Paddington, tornando a personagem feita por computação gráfica palpável e extremamente carismática – além de fazer uma excelente parceria com Imelda Staunton, que dubla Tia Lucy, em uma participação maior do que no longa anterior, felizmente. Ainda no quesito atuação, as novas aquisições do elenco trazem uma grata surpresa: Hugh Grant, que se revelou um bom ator depois que parou de ser imposto no papel de galã durante tantos anos e está hilário na pele do vilão Phoenix Buchanan. A personagem de Grant tem uma pegada de Conde Olaf, da saga “Desventuras em Série”, utilizando-se de disfarces absurdos para concluir seus planos com sucesso.

Ainda, nos aspectos técnicos, As Aventuras de Paddington 2 evoluiu desde o primeiro filme, mostrando com detalhamento e precisão, dos enquadramentos à paleta de cores – a qual carrega uma aura evocativa do trabalho de Wes Anderson – e ressalta o elemento fantástico da produção, afinal, trata-se de um filme sobre um urso falante – fato que não é questionado em nenhum momento no universo da trama desde o primeiro longa. Além disso, o roteiro e direção de King traz um frescor ao gênero de fantasia/aventura, o qual ficou muito tempo engessado nos moldes hollywoodianos. Talvez por se tratar de uma co-produção Inglaterra/França, a franquia encontrou outra forma de passar sua mensagem, uma vez que o primeiro filme possui um subtexto pró-imigração. Enquanto isso, a continuação – embora tenha um conteúdo menos político – aborda de forma competente temas como medo, desapontamento e existência da morte, fazendo com que o longa – tanto o primeiro quanto o segundo – seja indicado para crianças e adultos – mesmo que seja um filme sobre um urso.

 

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