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12 Heróis: Um hino à bandeira e ao orgulho norte-americano

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 Adaptação dirigida por Nicolai Fuglsig do livri de Doug Stanton, qrelata a jornada de 12 voluntários das forças especiais americanas em resposta aos atentados de 11 de Setembro de 2011.

Na trama, sem muitas delongas, 12 soldados que haviam voltado de recente treinamento de campo, estão com suas famílias em suas casas quando os noticiários de todo o planeta transmitem ao vivo o atentado ao World Trade Center. Na mesma hora, o capitão Mitch Nelson (Chris Hemsworth) se apresenta ao exército americano como a pessoa mais indicada para o primeiro revide aos terroristas, que àquela altura já haviam sido identificados como a Al Qaeda e o exército Talibão. Mitch reúne sua equipe de 12 homens e todos embarcam numa missão quase impossível. Desmembrar núcleos da Al Qaeda no Afeganistão e chegarem enfim aos responsáveis pelo ataque às Torres Gêmeas. Começa então a saga destes 12 homens, tidos como heróis, que são historicamente tratados como a primeira resposta à manhã mais trágica da história dos Estados Unidos.

O filme, além de ser baseado numa epopeia real, é do gênero de guerra, ou seja, muitos tiros, explosão e sangue.  12 Heróis nada mais é que um filme nacionalista, um hino à bandeira e ao orgulho norte americano. Não sei se existiu episódio mais recheado que o triste atentado de 11 de Setembro para alimentar a agência oficial da corrida bélica americana, Hollywood. Não tenho em mente quantas obras, sejam de ficção, documentários ou adaptações em geral que provieram deste tema.

Mas me arrisco a dizer, como autor e roteirista, que se escrevo uma história sobre o 11 de Setembro sob a visão do brasileiro, o que sentimos, o que vivemos e como fomos afetados naquele fatídico dia, corro o risco de obter sucesso. Voltando ao filme, algo que julgo curioso, é que é um filme que entretém. Dá pra se divertir.

Mesmo contendo vários clichês presentes no mais tosco estilo besteirol americano. O título original do livro de Stanton é “Horse Soldiers”. Na primeira cena dos soldados já em território afegão onde lhe são apresentados cavalos, eles se entreolham e o Capitão Mitch pergunta: vocês já subiram em um cavalo antes? Dos 12, 11 dizem que não e fazem piada com isso. E mesmo assim, o título da história é “Horse Soldiers”.

A escolha do casting não poderia ser mais clichê. Você já viu um herói feio? Magro? Baixo? Pode ter visto um ou outro, teria de pensar, mas, em geral, nenhum herói reúne todas as qualidades que falei acima, juntas. No caso de 12 Heróis, eles não se preocuparam em colocar um cara mais ou menos. São 12 atores galãs, um de cada tipo, para agradar mesmo a todos. Você pode me perguntar se eles não deveriam respeitar as características dos verdadeiros soldados. Eu diria que sim, mas, ao fim do filme eles mostram uma foto do “pelotão”, e sinceramente, não dá pra dizer que todos os caras ali se pareciam com os atores escolhidos. O oposto, eu diria. Então nesse quesito, o diretor de elenco preferiu o artifício caça-níquéis, reunindo um monte de bonitões para o cartaz do filme. Dentre os quais, nomes de relevância como o próprio Chris Hemsworth, Michael Shannon, o vilão do premiado A forma da Água, Michael Peña, Rob Riggle, dentre outros.

Ademais, é um filme de guerra. Muito tiro, muita explosão, muito barulho. Piadas ridículas em meio à situações tensas e trágicas. Aquele melodrama da família que fica esperando o retorno do herói. E a bandeira americana hasteada. É um filme que certamente mexe com o orgulho deles, portanto, como já dito, a probabilidade de ter uma boa receptividade do público é boa. Tecnicamente, não apresenta nada de excepcional. Mas apesar de tudo, é uma boa peça de entretenimento.

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