Animação sobre Van Gogh chega à Netflix

Um dos concorrentes do Oscar deste ano para Melhor Animação trouxe algo único, que nenhum outro filme deste gênero jamais havia tentado. “Com Amor, Van Gogh” é uma narração biográfica dos últimos dias angustiantes do pintor holandês Vincent Van Gogh. Cada frame do filme foi pintado à mão no mesmo estilo em que o famoso artista fazia, com pinturas à óleo. A inovação e árduo trabalho de cerca de 85 pintores, não rendeu o prêmio da noite para o filme, no entanto, ainda é uma bela peça artística e a primeira de seu tipo a ser feita.

A história é contada da perspectiva do jovem Armand Roulin (Douglas Booth) cujo pai, carteiro e amigo de Van Gogh, encontra, um ano após o suicídio do pintor, uma última carta enviada pelo artista para o irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. O jovem filho é incentivado a entregar pessoalmente a correspondência, partindo para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do falecido. Lá, ele inicia uma investigação no intuito de descobrir se ele realmente se matou, junto às pessoas que conviveram com Van Gogh, e tinham opiniões sempre fortes em torno do homem.

Uma verdadeira obra de arte. Este é o único modo de descrever a beleza das cenas capturadas no longa. A produção cuidadosa feita por Dorota Kobiela e Hugh Welchamn começou  com pessoas reais, e então, manualmente, os pintores recriaram os mais de 62 mil frames em tinta óleo para tornar completa a produção. O estilo de arte não fica cansativa e é um esplendor de se assistir. O filme é uma reprodução dos quadros mais famosos e a história de quem foi provavelmente, um dos maiores e melhores artistas, mas tão injustiçado enquanto vivia (e talvez até na na 90ª edição dos Oscars, em que perdeu para o também belo, no entanto não inovador, Coco – a Vida é uma Festa do estúdio Pixar).