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TAÍS ALVARENGA ESTREIA COM ‘CORAÇÃO SÓ’, SEU PRIMEIRO ÁLBUM

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Em “Coração Só”, primeiro álbum da cantora, compositora e pianista carioca Taís Alvarenga, a narrativa é construída como um roteiro de filme de amor, porém não seguem os modelos das comédias românticas das sessões da tarde.

“O tempo do amor não é o tempo do mundo. Vivemos esse paralelo cruel, onde o tempo do mundo não para para esperar que a dor tenha tempo de se acomodar. Num mundo de pressas, o que é profundo fica com estigma de drama. Ter que tirar um amor do peito é ter que arrancar um pedaço de si mesmo”, diz a artista. “O objetivo desse álbum é trazer à tona as sensações mais extremas e até comuns – já que são tão humanas – desse abismo que é viver o amor e a frustração de seu fim prematuro.”

A maior parte das histórias de “Coração Só” já existe há bastante tempo. Algumas dessas músicas até já haviam sido gravadas. Mas só agora Taís encontrou os arranjos ideais para cada uma delas. Precisou encontrar um produtor que entendesse a estética que buscava, algo não muito comum nos álbuns brasileiros contemporâneos. As referências eram, entre outras, o grupo inglês Portishead, o americano Anderson Paak, os franceses Camille e Woodkid (Yoann Lemoine). Taís encontrou em Pupillo, da banda Nação Zumbi, o interlocutor ideal. Assina com ele, a quatro mãos, a produção do álbum.

Autobiográfico, o roteiro do álbum começa com o som solitário do piano de Taís, seu principal meio de contato com o mundo desde sempre.   A compositora cogitou descartar “Você se Enganou” para sempre, tirar essa sequência do filme. Mas foi proibida pelo ator Ícaro Silva, seu amigo, que ouviu a canção e pirou. Outra vez, as cordas amplificam o clima emocional.

A faixa “Ainda Penso” não é inédita. Essa é sua terceira gravação. A primeira aconteceu para o projeto “Sarau”, de que Taís participou, em 2012. Três anos depois, ganhou uma nova versão para a trilha sonora da novela “Verdades Secretas”, da Rede Globo.

  Um verso da faixa-título “Coração Só” resume bem o espírito de tudo o que foi narrado aqui: “A ilusão é pior do que um coração tão só”. O piano elétrico, o órgão e o minimoog de Carlos Trilha duela com o piano acústico da compositora. É a única letra com trechos em inglês. Embora tenha várias canções compostas no idioma, Taís não quis mostrá-las agora para não atrapalhar o entendimento da narrativa.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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