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7 DIAS EM ENTEBBE: Intolerância e guerra civil na Palestina

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Por Pedro Verani

Coprodução  EUA e Reino Unido, o novo longa de José Padilha, o segundo filme internacional da carreira do diretor, denota maturidade artística e domínio da linguagem cinematográfica. Operação Entebbe  trata da questão da Palestina em meio à um contexto atual de intolerância e guerra civil que assola a região até os dias de hoje.

Na década de 70, o sequestro de um Air-France com 248 passageiros, entre eles, israelenses e judeus, por parte de terroristas da Frente Popular para a Libertação da Palestina resultou em um ataque político sem precedentes até aquele momento. E Padilha aqui sabe (re)criar a atmosfera nervosa de cada situação extrema por meio de uma direção inquieta, tensa, que brinca com a temporalidade dos fatos e interliga estórias e personagens, os posicionando diante de situações extremas. A edição serve muito bem à ambientação e condução do ritmo do longa, e ainda dá suporte às simbologias abstratas das artes do corpo e da dança contemporânea. Um espetáculo à parte.

Com tudo, o que vem acontecendo no Oriente Médio, no caso mais específico da Síria, o longa chega (infelizmente) com um timing perfeito para ajudar a expandir nossa compreensão sobre a historicamente frágil situação geopolítica do Oriente Médio. O roteiro de Gregory Burke (71: Esquecido em Belfast) é muito bem amarrado, com destaque para os papéis interpretados por Rosamund Pike e Daniel Bruhl.

Operação Entebbe é um ótimo filme de um um diretor que surpreende a cada novo projeto em que se lança. Sem medo ou vergonha de falar para o grande público, José Padilha se consolida como um diretor de primeiro time em um mercado duro, competitivo e desafiador como é o de Hollywood. Bravo.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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