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Tudo que Quero: Um doce Road Movie com Dakota Fanning

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Por: Tarsso Sá Freire

Um Road Movie é um filme que tem seu desenvolvimento por um viagem de estrada. Eles podem ser aventureiro, dramáticos ou cômicos. No caso de Tudo que Quero, é de tudo um pouco.

Wendy (Dakota Fanning) é uma inteligente jovem escritora aficionada por Star Trek, porém ela possui autismo. O autismo é um transtorno que causa problemas de desenvolvimento na linguagem, habilidade de socialização e comunicação. Com a ajuda da Dra. Scottie (Toni Collette – que também participou de outro excelente Road Movie, Pequena Miss Sunshine), ela conseguiu conter seus ataques de raiva, e desenvolver sua capacidade de comunicação para com outros, mesmo que seja um tanto anormal para uma pessoa comum. A jovem vive em uma instituição com outras pessoas, todos pacientes de Scottie.

Logo descobrimos que a irmã de Wendy, Audrey (Alice Eve), irá visita-la na clínica. Esta por sua vez possui sentimentos conflitantes pela irmã. Apesar de sentir saudades dela, sente medo e insegurança na sua capacidade de controla-la e de lidar com sua condição, ainda mais agora que é mãe da pequena Ruby. Dentro de sua rotina, Wendy possui um tempo livre, no qual ela escreve um roteiro de Star Trek. Tendo como objetivo enviar seu trabalho para um concurso da Paramount Pictures. Bastava apenas termina-lo e o enviar pelo correio. Porém, a visita de sua irmã não termina bem. Wendy tem um ataque de raiva, pois ela quer ser levada para casa e conhecer a sobrinha, mas a irmã não acha que ela está pronta e nem se acha pronta para isso. Com isso o prazo para o correio se perde. Então no meio da madrugada, Wendy decide ir sozinha até os estúdios da Paramount e entregar seu roteiro ela mesma.

Apesar da direção de Ben Lewin não ter uma grande fotografia, ele consegue transitar entre o drama e a comédia. O filme tem um névoa dramática trazida pela atuação de Dakota, que é uma menina autista completamente ingênua fazendo uma viagem estadual totalmente sozinha. A trilha sonora com músicas alegres levantam o longa, enquanto o coro feminino suave de momentos mais tristes abraça e impede que fiquem muito depressivos, todos pautados vez ou outra por momentos de gentileza realizados por terceiros para com Wendy.

O relacionamento dela e da irmã é razoavelmente bem desenvolvido, apesar de que a trama de Scottie e seu filho acaba sendo muito superficial, aparecendo aqui e ali, mas que nunca se resolve realmente.

O principal do filme é o desenvolvimento de Wendy. A provação de que ela é capaz de ser independente. Apesar de sua condição, ela mostra a Audrey que fez grandes avanços. E que pode ser uma boa tia para Ruby. Por mais que a obra se trate drama, ela nunca a pessimista ou desoladora. Na verdade, é permeada de determinação, e como Wendy, de doçura.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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