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Caminhos da Reportagem denuncia ameaças aos ativistas de direitos humanos

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O Brasil é um dos países mais perigosos para quem defende os direitos humanos. De acordo com a organização internacional Front Line Defenders, só em 2017 foram assassinadas 67 pessoas. Essa violência histórica pauta o Caminhos da Reportagem desta quinta (31), às 21h45, na TV Brasil.

Casos como o da líder sindicalista Margarida Alves e o do extrativista Chico Mendes, ambos assassinados na década de 1980, ainda são uma realidade, principalmente para os que lutam pelo direito à terra.

Em março desde ano, a morte da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, escancarou a violência contra as pessoas que defendem os direitos humanos. Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas eleições em 2016 e foi brutalmente executada, com quatro tiros na cabeça.

Nascida na Comunidade da Maré, a vereadora carregava em seu mandato as lutas das mulheres, do movimento negro, da comunidade LGBT e também da família de policiais mortos. Era assumidamente contra a intervenção militar no Rio de Janeiro e morreu denunciando o genocídio da população negra.

“Marielle não tinha arma nenhuma. A única arma que ela tinha era tá naquele plenário lutando pela minoria. Acreditando no que ela falava. A única arma que ela tinha era a voz dela”, afirma Marinete Silva, mãe da vereadora.

A equipe do programa jornalístico mostra como o Brasil é uma nação arriscada para os defensores de direitos humanos. É o caso de Luciano Moreira que está na lista de 15 mortes anunciadas do Comitê Brasileiro de Defensores.

O Caminhos da Reportagem revela que os conflitos agrários atingem pescadores em São Luís, moradores de um assentamento em Brasília e comunidades indígenas, mesmo em terras que já são demarcadas.

O cacique André Karipuna denuncia as ameaças sofridas pela sua etnia. “Eles ameaçam direto, falam que vão pegar a gente, que vão tocar fogo na aldeia, exterminar. Todo mundo sabe: órgãos competentes, Funai, Ibama, Ministério Público, ministro da Justiça”.

A atuação dos defensores é questionada, mesmo 70 anos depois da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para falar sobre a questão, o Caminhos da Reportagem consulta a diretora do escritório Brasil da Humans Right Watch, Maria Laura Canineu.

“A Declaração Universal dos Direitos Humanos vem depois da Segunda Guerra Mundial como um compromisso da sociedade civil e de todos os estados de que a discriminação, o genocídio, o tratamento desigual, a prisão arbitrária e outros crimes de guerra não acontecessem mais”, explica.

Formada por 30 artigos, a declaração estabelece quais direitos são universais, ou seja, para todas as pessoas, independentemente da cultura, idioma, religião, raça ou orientação sexual. “Muitas vezes se acredita que os direitos humanos são o máximo, quando na verdade é o mínimo que corresponde a todo ser humano para que possa realmente ter uma vida digna”, afirma Guillermo Fernández Maldonado, representante na América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Serviço
Caminhos da Reportagem – quinta-feira (31), às 21h45, na TV Brasil
Caminhos da Reportagem – domingo (3), às 20h, na TV Brasil

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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