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O Renascimento do Parto: O movimento do direito de ter um parto direito

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Por Tarsso Sá Freire:

No século XVIII se uma mulher entrasse em trabalho de parto uma parteira seria chamada, e o parto iria decorrer conforme o corpo da mulher agisse. Com o avançar da tecnologia e das inovações pela medicina do século XX, a presença do ambiente hospitalar e do controle médico foi mostrando presença. Hoje, no século XXI, existe o agendamento e controle completo de partos por cesariana. O que deveria ser um evento fisiológico de milhões de anos de desenvolvimento se torna uma linha de montagem, e um nascimento virá um número de série.

O filme demonstra a situação crítica da obstétrica do Brasil com processos desnecessários e até abusivos por meio dos médicos. Com um tom feminista que permite que a mulher tenha controle e poder de decisão sobre seu corpo, neste caso, no momento do parto.

Apesar da produção técnica ser extremamente simples, sendo pautada por assuntos que são desenvolvidos por depoentes capacitados para tal, e ilustrada por um conjunto de imagens ou filmagens de partos normais e cirúrgicos. O documentário conta com a presença do ator Márcio Garcia e sua esposa, Andréa Santa Rosa e levanta bandeiras, mas é bem lógico e evita demonizar o processo médico, ou a própria cirurgia de cesárea. Como dito é um problema multifocal.

Para um médico é muito mais proveitoso uma operação plenamente controlável, agendada, rápida e operacionalmente simples, do que ficar possíveis 12h esperando enquanto a paciente tem todo o processo de trabalho de parto que não tem como marcar horário. Os planos de saúde também não auxiliam, já que o parto natural, em questão monetária, não é um bom negócio para o médico e nem para o hospital. Já que se usaria basicamente a hotelaria hospitalar e talvez gaze, em contrapartida a cirurgia demanda muito mais suprimentos para a operação, o pós operatório e para o recém-nascido.

Outra crítica feita é sobre a medicina de “achismo”, ou seja, sem evidências. O famoso pediatra que diz tudo é virose, nesse caso é o obstetra que dá vários motivos (cordão umbilical enrolado, bebê grande demais ou muito pequeno, gestante muito velha ou muito nova, muito gorda ou muito magra) para que a futura mãe desista da ideia de realizar o parto normal. E também ao médico que não busca se aprimorar, que se contenta com o que sabe e o que teoricamente da certo. Se aponta os riscos que a cesariana pode causar, já que o bebê não nasce por vontade própria, a chances de complicações por ser prematuro.

Explicado de forma racional, mas com um toque emotivo, já o nascimento de uma criança é um bomba de emoções, O Renascimento do Parto expõe um novo movimento para com as mulheres e para os bebês que virão a nascer.

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