- Publicidade -

Universal Music aumenta acervo da música brasileira no streaming

Publicado em:

Álbuns clássicos e especiais, pela primeira vez disponíveis no formato digital, em plataformas como Spotify, Deezer, Apple Music e muito mais, integram o pacote de lançamentos da Universal Music dessa semana. A começar pelo fundamental “Gente da Antiga”, que reúne Clementina de Jesus, Pixinguinha e João da Bahiana. Um clássico inquestionável. Mas a lista também inclui o pagode romântico do Só Preto Sem Preconceito, a axé music de Tonho Matéria e o suingue de Bebeto. A poesia de Geraldo Azevedo está presente na compilação “O Charme das Canções”. Tem ainda um álbum especial do cantor José Augusto, uma seleção das melhores músicas de Zizi Possi e um título indispensável de João Donato, “Quem é Quem”. As divas Dalva de Oliveira e Elizeth Cardoso aparecem em dose dupla. Dalva tem relançados os discos “É Tempo de Amor” e “Bandeira Branca”. De Elizeth, voltam “A Meiga Elizeth N°3” e “A Mulata Maior”. A lista segue com o grande Roberto Menescal, a musa Sylvia Telles e o samba romântico de Benito di Paula, também com dois títulos. O rock marca presença com Charlie Brown Jr., Legião Urbana e cinco álbuns d’Os Paralamas do Sucesso, sendo um deles dividido com os Titãs. Como sempre, um pacote com todos os ritmos, para todos os gostos.

Gente Da Antiga – Pixinguinha

Clássico indiscutível da música brasileira, o álbum “Gente da Antiga” reuniu, em 1968, Pixinguinha, Clementina de Jesus e João da Bahiana. O repertório passeia por músicas dos dois compositores e por canções de domínio público. Aberto com o choro “Os Oito Batutas”, de Pixinguinha e Benedito Lacerda, o disco foi idealizado por Hermínio Bello de Carvalho. Entre músicas de autoria desconhecida, como “Roxá”, “A Tua Sina”, “Mironga de Moça Branca” e “Estácio, Mangueira”, o trio passeia por “Yaô”, “Elizete no Chorinho”, “Aí, Seu Pinguça” e “Fala Baixinho” (todas de Pixinguinha) e, ainda, “Quê Quê Rê Quê Quê”, “Cabide de Molambo” e “Batuque na Cozinha” (da lavra de João da Bahiana). Imperdível.

O Quinto Segredo – So Preto Sem Preconceito

O grupo Só Preto Sem Preconceito surgiu no subúrbio de Rocha Miranda, no Rio de Janeiro dos anos 1980. Na década seguinte, chegou ao topo das paradas, colecionando discos de ouro e de platina e fazendo shows nos Estados Unidos e em países da Europa e da África. O pagode romântico domina o repertório de “O Quinto Segredo”, que traz faixas como “O Amor é Fogo”, “Teu Ciúme” e “Meu Talismã”, além da que batiza o disco. A animação também marca presença, com “Viola em Bandoleira”, “Lero Lero” e “Quem Tá Duro, Reza Pra Chover”.

Aldeia Tribal – Tonho Matéria

O cantor baiano Tonho Matéria ganhou fama como vocalista do grupo Olodum. Em carreira solo, manteve o pique em álbuns como “Aldeia Tribal”, puxado pelo hit “Tô Maluco, Minha Gente”, cuja expressão “Ah! Eu tô maluco” foi repetida até por Bono Vox, o líder do U2, em shows pelo Brasil. Um dos pioneiros da axé music, o artista – ainda em plena atividade – também animou os fãs com as músicas “Leva Essa Moçada”, “Cume da Memória”, “Corpo Excitado”, “Rei Nagô” e “Tiete da Menina”.

 BEBETO – MASSAGEM

Desde os anos 1970, o suingue do cantor Bebeto agita os bailes pelo Brasil afora. Lançado em 1981, o álbum “Massagem” flagra o artista em momento inspirado, enfileirando sucessos como “Veja a Vida Como É”, “Zé do Tamborim”, “Pensar pra Que”, “Só Quero Sambar”, “Mister Brown”, “Bobeira” e “Ela Vai Mostrar”. A faixa que abre o disco, “Minha Cama é uma Esteira”, trazia os versos “Moro numa casa de sapê / Mas comparando com o doutor, até que vivo bem / A minha cama é uma tarimba de madeira / O colchão é uma esteira / Mas eu sou feliz (…)”. Tudo naquele estilo dançante que Bebeto sabe fazer com maestria.

O Charme Das Canções – O Melhor De Geraldo Azevedo – Geraldo Azevedo

Com mais de 40 anos de estrada, o pernambucano Geraldo Azevedo tem uma obra respeitadíssima. Alguns hits colecionados ao longo desse tempo estão reunidos na compilação “O Charme das Canções – O Melhor de Geraldo Azevedo”. O álbum abre com “Inclinações Musicais”, com os belos versos: “Quantas canções parecidas / E tão desiguais / Como as coisas da vida / Coisas que são parecidas / Feito impressões digitais”. E a poesia de Geraldo corre solta em faixas como “Moça Bonita”, “Canta Coração”, “Menina do Lido”, “Sabor Colorido” e “Dia Branco”, talvez a mais lembrada de sua trajetória artística. As divas Elba Ramalho e Nana Caymmi dividem os vocais com o cantor em “Bicho de Sete Cabeças II” e “Nosotros, Nosotras”, respectivamente.

José Augusto – Jose Augusto

 Aos poucos, a vasta discografia de José Augusto volta ao catálogo. Nessa semana, é a vez do álbum lançado em 1979, que tinha apenas seu nome como título, ganhar o mundo digital. Com o romantismo ditando o repertório, o cantor se derramava em faixas como “Não Tem Mais Jeito”, “Você Vai Ter Que Mudar” e “Preciso Tanto de Você”. Um dos destaques do disco foi “A Carta”, composta por Mariozinho Rocha, Guto Graça Mello e Renato Corrêa especialmente para o artista.

Pedaço De Mim – Zizi Possi

Na compilação “Pedaço de Mim – O Melhor de Zizi Possi”, a voz cristalina de Zizi Possi passeia por alguns clássicos de sua vasta carreira. A começar pela faixa que batiza o disco, “Pedaço de Mim”, que Chico Buarque fez para o espetáculo “Ópera do Malandro” e que virou um dos primeiros hits da cantora. Além de Chico, outros grandes compositores integram o repertório, a exemplo de Djavan (“Meu Bem Querer”), Eduardo Dussek (“Eu Velejava em Você”), João Bosco (“Papel Machê”), Lulu Santos (“Tempos Modernos”) e Gilberto Gil e João Donato (“A Paz”). Músicas de acento mais pop e que dominaram as rádios, como “Asa Morena” e “Perigo”, também estão presentes. As raízes italianas da artista são exaltadas com as belas interpretações de “Per Amore” e “Ho Capito Che Ti Amo”

Quem é Quem – João Donato

Nascido no Acre há 83 anos, o músico João Donato atravessou gerações como um dos nomes mais inventivos do nosso cancioneiro. Foi com o álbum “Quem é Quem”, de 1973, que ele reuniu alguns de seus principais clássicos: “Chorou, Chorou”, “Terremoto”, “Amazonas”, “A Rã”, “Até Quem Sabe” e “Mentiras”. O artista também recriou “Cala Boca Menino”, de Dorival Caymmi. No “quem é quem” da música brasileira, Donato ocupa lugar de honra.

 Bom Dia – Dalva De Oliveira

 Em 1968, a grande Dalva de Oliveira misturou compositores (então) novos, como Chico Buarque, e nomes fundamentais da MPB, a exemplo de Noel Rosa, no repertório do álbum “É Tempo de Amor”. De Chico, a diva gravou “Tem Mais Samba”. Do Poeta da Vila, entraram duas: “Pela Décima Vez” e “João Ninguém”. O repertório, cuidadosamente escolhido, trazia ainda Silvio Caldas (“Andorinha”), Sidney Miller (“Pede Passagem”), Lupicínio Rodrigues (“Aves Daninhas”) e Hermínio Bello de Carvalho (“Folhas no Ar”, com Elton Medeiros, e “Seria Melhor”, com Maurício Tapajós). Outro destaque era a bela releitura da “Marcha da Quarta-Feira de Cinzas”, de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra. Mas a grande surpresa foi mesmo “Bom Dia”, de seu ex-marido, Herivelto Martins, com quem Dalva dividiu sucessos e escândalos.

Bandeira Branca – Dalva De Oliveira

A cantora Dalva de Oliveira foi uma das vozes mais importantes da nossa música. Reinou absoluta nas décadas de 1930, 1940 e 1950, influenciando de Ângela Maria a Elza Soares. Mas, curiosamente, um de seus maiores sucessos só foi gravado em 1970, dois anos antes de sua partida. Estamos falando de “Bandeira Branca”, de Laércio Alves e Max Nunes, que deu título ao último álbum da cantora. O repertório trazia ainda “Oh! Meu Imenso Amor” (de Roberto e Erasmo Carlos), “Estão Voltando as Flores” (de Paulo Soledade), “Pequena Marcha Para Um Grande Amor” (de Juca Chaves) e “Onde o Rio é Mais Carioca” (de Élton Medeiros e Zé Keti). Uma bela despedida.

 ELIZETH CARDOSO – A MEIGA ELIZETH N°3

Com muita classe e um bom gosto ímpar, a cantora Elizeth Cardoso garantiu lugar de destaque entre as grandes intérpretes da música brasileira. No terceiro volume da série “A Meiga Elizeth”, que rendeu cinco álbuns, ela mostra toda a sua elegância em faixas como “Deixa a Nega Gingar”, “Só Eu Sei de Mim”, “Saudade Particular”, “Rimas de Ninguém”, “Se Vale a Pena” e “Olhar Só Por Olhar”. A bela “Canção da Manhã Feliz” e a suingada “Na Cadência do Samba” também estão no repertório da Divina, como a cantora era conhecida.

ELIZETH CARDOSO – A MULATA MAIOR

Lançado em 1974, “A Mulata Maior” é outro clássico da carreira de Elizeth Cardoso. O álbum já abre com emoção de sobra, na faixa “Quando Eu Me Chamar Saudade”, de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. O canto ao mesmo tempo suave e firme da Divina também passeia por faixas como “Palavra de Rei”, “Vai Ser Tão Fácil”, “Justiça”, “Serenou” e “Violão Vadio”. Outro destaque do disco foi a sua tocante gravação de “Tatuagem”, música de Chico Buarque e Ruy Guerra.

ROBERTO MENESCAL – O CONJUNTO DE ROBERTO MENESCAL

O nome de Roberto Menescal se confunde com a história da música brasileira. Entre seus inúmeros álbuns, “O Conjunto de Roberto Menescal” se destacava pelo ecletismo do repertório. Lançado em 1969, abria com “On Broadway”, a mesma que – anos depois – se tornaria uma marca na carreira de George Benson. Entre composições próprias, como “Depois da Queda”, “O Barquinho” e “Rema”, ele recriava com graciosidade músicas de João Donato (“Amazonas”), Toninho Horta (“Litoral”), Moacir Santos (“Nanã”), Tito Madi (“Canto Puro Amor”) e Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri (“Memórias de Marta Saré”). Uma delícia de disco.

SYLVIA TELLES – O TALENTO DE SYLVIA TELLES

A cantora Sylvia Telles foi uma das grandes musas da bossa nova. A artista, que saiu de cena prematuramente, aos 32 anos, deixou um belo legado, com gravações memoráveis de muitos clássicos da nossa música. A compilação “O Talento de Sylvia Telles” reúne alguns desses momentos antológicos, incluindo “Dindi”, “Discussão”, “Fotografia”, “Demais”, “A Felicidade”, “Só em Teus Braços” e “Esquecendo Você”, todas de Tom Jobim, sozinho ou com parceiros. Sylvia também deu interpretações definitivas a três clássicos de Dolores Duran: “Castigo”, “Por Causa de Você” e “Estrada do Sol” (os dois últimos feitos em parceria com o mesmo Tom). A divertida “Aula de Matemática”, também de Tom, composta com Marino Pinto, é outro destaque do repertório. Clássicos assinados por Garoto (“Duas Contas”), Tito Madi (“Chove Lá Fora”) e Adoniran Barbosa e Vinícius de Moraes (“Bom Dia, Tristeza”) também marcam presença.

 BENITO DI PAULA – BENITO DI PAULA (1975)

Os sambas de Benito di Paula tomaram conta das rádios ao longo da década de 1970. Mas, entre tantos sucessos, “Vai Ficar na Saudade” foi um dos mais festejados, com sua letra para lá de direta: “Você cortou o barato do meu amor / Você mentiu, iludiu e me deixou por fora (…)”. A música era destaque do álbum lançado em 1975, que trazia ainda “Não Precisa Me Perdoar”, “Sem Tempo Pra Sonhar”, “Bandeia do Samba”, “Como Dizia o Mestre” e “Sempre Assim”.

 BENITO DI PAULA – BENITO DI PAULA (1977)

Em 1977, Benito di Paula lançou mais um álbum de sucesso, que tinha apenas seu nome como título. A faixa “Assobiar ou Chupar Cana” abria os trabalhos, com o piano do cantor e compositor costurando a melodia. A romântica “Canção de Viver com Você” foi outro destaque do disco. “Jesus Papai Noel”, “De Tombar Caminhão”, “Razão Pra Viver”, “Otelo” e “Eu Vou Pedir” também estavam no repertório.

 

Rota Cult
Rota Cult
Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

Mais Notícias

Nossas Redes

2,459FansGostar
216SeguidoresSeguir
125InscritosInscrever
4.310 Seguidores
Seguir
- Publicidade -