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Os Estranhos – Caçada Noturna: Arrepios previsíveis e repetitivos

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Tem quem não goste de filmes de terror com elementos sobrenaturais, e tem quem veja que os temores da vida real são bem mais assustadores. Em Os estranhos 2: Caçada Noturna, um trio de psicopatas sai em busca de vítimas e encontram uma família passando o fim de semana em um trailer em uma cidade vazia. A continuação do filme de 2008 da Diamond Films traz novamente os terrores da psicopatia em uma perseguição sem escapatória clara.

Nesta sequência, uma família vai a uma cidade no interior para passar um último fim de semana ao lado da filha Kinsey (Bailee Madison) que será matriculada em um internato por não se comportar, e seus pais Cindy (Christina Hendricks) e Mike (Martin Henderson) estão cansados dos problemas que ela causa. O irmão Luke (Lewis Pullman) foi arrastado para a noite em família quando recebem a terrível visita de três psicopatas mascarados que têm como único objetivo transformar suas vidas em um inferno na Terra.

O que se pode dizer sobre esta franquia é que não há meio-termo: ou você ama, ou odeia. E Caçada Noturna tem como princípio de que seu predecessor foi um enorme acerto na indústria cinematográfica, assim não apresentando nenhum elemento novo. Para quem gostou do primeiro, certamente irá se arrepiar com a nova busca fatal por sofredores inocentes. Já aqueles adeptos da ideia de que o primeiro não segue seu estilo de filme de suspense, não terá nenhuma surpresa e acabará considerando este uma perda de tempo.

Para os que não assistiram ao primeiro, ou ainda estão em dúvida de ver, há apenas uma justificativa para esse filme de terror existir. Há 10 anos atrás, quando o primeiro estreou, outro tipo e estilo de longa de horror estava na moda: menos espíritos, invocações e demônios e mais sangue, perseguições arrastadas causando suspense e matanças gratuitas. A continuação existe para preservar a marca em nome dos donos, que precisam utilizá-la de alguma forma ou perdem os seus direitos. No entanto, em 2018, esse não é o tipo de filme que agrada o público.

No primeiro filme, as vítimas haviam sido um casal de férias em sua casa de veraneio, quando são surpreendidos por estranhos de máscaras, que sentem prazer ao aterrorizá-los. Nada de novo nesta trama além do número de protagonistas. Em ambos se inicia o longa com “baseado em fatos reais” apesar de não haver um caso específico e reconhecidamente histórico da morte de uma família ou casal nas especificidades do longa.

O diretor Johannes Roberts optou por adaptar muitos dos elementos do antigo longa como a presença da trilha sonora como motivadora das mortes embalada pela música, principalmente do único psicopata homem, sempre incorporando uma canção a sua matança. Também ocorre a tradição de se deixar uma mensagem na janela é repetida em ambos os longas. E até cena por cena de um balanço ao vento são reproduzidas.

A câmera encontra interessantes ângulos aonde se esconde, dando a impressão de que está sempre na espreita, vigiando a família, justamente como os assassinos em série da área. A presença de um zoom constante nos personagens é ultra explorada e passa de arrepiante para previsível e repetitivo. As atuações também seguem um esquema não muito crível de filme de terror, com mortes instantâneas e outras impossivelmente lentas.
Nesta versão menos interessante ou inovadora de “Uma Noite de Crime”, em que pessoas matam por matar, há zero novidades desde a primeira montagem cinematográfica e um sorriso persegue uma família que só queria recomeçar. A sorte dos psicopatas é o azar da família e a tentativa de aterrorizante de fuga pode ser dos protagonistas ou do público nos cinemas.

Luana Feliciano
Luana Feliciano
Estudante de Jornalismo, ama escrever e meus filmes favoritos sempre me fazem chorar. Minhas séries preferidas são todas de comédia, e meus livros são meus filhos.

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