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Takara: A Noite em que Nadei – Uma fábula urbana lúdica

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Certa noite, o pequeno Takara não consegue dormir, e passa toda madrugada acordado. Ao nascer do sol, o cansaço finalmente toma-lhe conta, porém o menino precisa ir a escola. Só que ao invés disso ele dá um passeio pela cidade. Isso resume todo filme de Damien Manivel e Kohei Igarashi.

A aventura de Takara é totalmente desconhecida para quem assiste, como o filme não tem falas, não sabemos se existe algum objetivo para a jornada. Talvez ele esteja com saudades do pai, que trabalha o dia inteiro no Mercado de Peixes. Ou talvez ele só esteja andando a esmo mesmo. A câmera sempre focada no Takara retrata sua rotina diária diante do mundo a sua volta. Os takes não são muito abertos, nem muito fechados, são mais para dar a ilusão de que o telespectador é um transeunte observando um menininho sozinho andando por aí, na maioria das vezes não se tem a menor ideia do que eles está fazendo.

A obra dívida em três capítulos: O Desenho, O Mercado de Peixes e O Longo Sono transborda metáforas sobre a vida. O primeiro se refere a noite em que Takara passou em claro, e a um desenho que fez. O segundo é sobre a decisão de ir ao mercado para visitar o pai, já que o menino mal o vê. E o último é seu retorno para casa, no qual a criança passa todo tempo dormindo.

O ritmo do filme pode não agradar, quase chega no limite de ser sonolento. Mas é porque o que se está vendo é um material de puramente lúdico, até os momentos mais tensos não causam uma preocupação real. A curiosidade e a inocência infantil são o que regem está obra.

O final da obra fecha um ciclo, sugerindo a ideia de que essas saidinhas do menino são mais comuns do que se pode imaginar. O ator que interpreta Takara é adorável e passa fácil empatia. Este seria um bom filme para um dia de estresse, já ele é a própria calmaria.

 

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